O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu em uma carta enviada para o fórum da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) nesta quarta-feira (22), a regulação das redes sociais para combater a desinformação.
No fórum da Unesco, que aconteceu em Paris, propostas para regulamentar as redes sociais e combater a desinformação e as “fake news” foram debatidas. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, e o influenciador digital, Felipe Neto, também participam do encontro.
Nesta quarta, a @UNESCO abre a Conferência ‘Internet for trust’, para debater e pensar caminhos para a confiabilidade da informação e proteger a liberdade de expressão e direitos humanos na Internet.
— Lula (@LulaOficial) February 21, 2023
Na carta enviada, o chefe do executivo defende que o ambiente digital “de poucas empresas” causou riscos à democracia e à saúde pública. Segundo ele, a disseminação de desinformação durante a pandemia da Covid-19 contribuiu para milhares de mortes.
Lula também afirmou que as pessoas que mais sofrem com a propagação da desinformação nas redes sociais são os setores mais vulneráveis da sociedade. “O discurso de ódio faz vítimas todos os dias. Além disso, os mais vitimizados são os setores mais vulneráveis de nossas sociedades”, disse o presidente.
Bom dia. Carta que encaminhei para a abertura da conferência ‘Internet for trust’, da @UNESCO, lida hoje pela manhã em Paris. pic.twitter.com/7wHMm0SjA0
— Lula (@LulaOficial) February 22, 2023
Ataques em Brasília
Na carta, o chefe do executivo relembrou os ataques antidemocráticos do dia 8 de janeiro. Segundo Lula, os atos teriam sido resultados de uma campanha de mentiras e desinformação disseminadas nas plataformas digitais.
“Em grande medida, esta campanha foi alimentada, organizada e divulgada através de várias plataformas digitais e aplicativos de mensagens. O mesmo método foi usado para gerar atos de violência em outras partes do mundo. Isso deve parar”, defendeu ele.
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Ações
Segundo Lula, é preciso que a comunidade internacional “trabalhe para dar respostas eficazes a esta questão desafiadora dos nossos tempos”, para garantir o direito da sociedade “a informações confiáveis, e não a mentiras e desinformações”.
O presidente concluiu o texto dizendo que o Brasil pode contribuir de forma significativa “para a construção de um ambiente digital mais justo e equilibrado, baseado em estruturas de governança transparantes e democráticas”.
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