O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou profundo pesar diante da trágica notícia da morte de Michel Nisembaum, cidadão brasileiro que estava desaparecido desde o ano passado. Ele foi um dos reféns sequestrados pelo grupo Hamas, na região da Cisjordânia. Em um comunicado oficial, Lula condenou veementemente o ato de violência.
“Soube, com imensa tristeza, da morte de Michel Nisembaum, brasileiro mantido refém pelo Hamas. Conheci sua irmã e filha, e sei do amor imenso que sua família tinha por ele. Minha solidariedade aos familiares e amigos de Michel. O Brasil continuará lutando e seguiremos engajados nos esforços para que todos os reféns sejam libertados, para que tenhamos um cessar-fogo e a paz para os povos de Israel e da Palestina”, escreveu Lula em suas redes sociais.
O sequestro do brasileiro, seguido pelo anúncio do seu falecimento pelas mãos do Hamas, lança luz sobre a complexidade e a gravidade dos conflitos na região do Oriente Médio, em especial no contexto do embate entre israelenses e palestinos. O grupo Hamas, reconhecido internacionalmente como uma organização terrorista, tem sido associado a uma série de sequestros e ataques contra civis, agravando ainda mais a tensão na região.
Conflito entre Israel e Hamas
Em outubro passado, o Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, lançou um ataque surpresa de mísseis contra Israel, com incursão de combatentes armados por terra, no sul do país. De acordo com autoridades israelenses, cerca de 1,2 mil pessoas foram mortas e duas centenas de israelenses e estrangeiros foram feitos reféns nessa ofensiva.
Em resposta a esse ataque, Israel vem bombardeando intensamente as infraestruturas em Gaza e impôs um cerco total ao território, o que dificulta, inclusive, a entrada de ajuda humanitária essencial aos palestinos que vivem na região. Segundo dados do Ministério da Saúde do enclave, a ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza já deixou mais de 35 mil mortos e aproximadamente 80 mil feridos em sete meses de conflito.
O conflito entre Israel e Hamas tem suas raízes fincadas em uma disputa histórica por territórios que já foram ocupados por diversos povos, como hebreus e filisteus, dos quais descendem israelenses e palestinos, respectivamente. Essa disputa territorial, aliada a diferenças étnicas, religiosas e políticas, tem alimentado um ciclo de violência que se arrasta por décadas na região.