Ministério da Educação

Ministro da Educação relata que avisou Milton Ribeiro sobre atuação “desnecessária” dos pastores

A atuação dos pastores no gabinete foi apontada como motivo para demissão de assessores do então ministro Ribeiro.

Godoy afirma que avisou o ex-ministro sobre atuação "desnecessária" dos pastores
Atual ministro da educação, Victor Godoy Vieira (Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O atual ministro da Educação, Victor Godoy Veiga afirmou para a Controladoria- Geral da União (CGU) que tentou avisar o então ministro Milton Ribeiro sobre a atuação “desnecessária” dos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos no âmbito do MEC. 

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As supostas irregularidades da gestão de Ribeiro no MEC estão registradas no relatório da CGU. No entanto, a atuação dos pastores no gabinete foi apontada como motivo para demissão de assessores do então ministro Ribeiro. Os funcionários da gestão de Ribeiro, em depoimento ao órgão de controle, afirmaram que a execução, da dupla de pastores, de porta-vozes do MEC era referendada pelo então ministro. 

De acordo com a CGU, em depoimento, o atual ministro registrou que Ribeiro havia lhe dito que gostaria de usar a “abrangência nacional” dos pastores para auxiliar no contato com os prefeitos. Veiga afirmou também, que tentou mudar a opinião de Ribeiro, dizendo a ele que essa mediação era “desnecessária”. O documento da CGU diz que: “Argumentou que o próprio ministro, por diversas vezes, teria afirmado em seus discursos nos eventos da pasta que os prefeitos não necessitariam de intermediários em suas tratativas com o MEC”.

Segundo o relatório do órgão de controle, Veiga confirmou que os pastores tinham total liberdade de atuação no MEC. O atual ministro da Educação afirmou também que a equipe que assessora Arilton e Gilmar ajudavam na montagem de eventos na sede do ministério em Brasília, e também eram responsáveis por autorizar a entrada de participantes nas dependências do edifício. 

Mychelle Rodrigues de Souza Braga, chefe da assessoria de agenda do gabinete do ministro,afirmou que Ribeiro concedeu aos pastores a prerrogativa de atuarem de modo similar aos parlamentares. De acordo com seu depoimento, “nenhuma outra pessoa ou autoridade esteve naquelas dependências com a frequência do pastor Arilton”.

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Em contrapartida, a defesa de Milton Ribeiro afirma que ele “não cometeu qualquer ilicitude, independentemente da esfera de apuração”. A nota dos advogados do ex-ministro afirma que “o ministro Milton Ribeiro sempre pautou sua vida, privada e pública, pela ética, honestidade e retidão e jamais cometeu qualquer desvio e ou infração penal dentro e ou fora do exercício do cargo público que ocupou”. No entanto, a nota confirma que logo após tomar conhecimento das denúncias, o ex-ministro  “comunicou o fato à CGU, requisitando pronta investigação e acionamento da Procuradoria da República”.

A atual situação e as recentes informações divulgadas fez com que os internautas do Twitter comentassem sobre o assunto. No entanto, os usuários desta rede social opinaram sobre a atitude de Milton Ribeiro.

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