O presidente da Argentina, Javier Milei, conhecido por suas posturas fortemente conservadoras e suas críticas diretas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), virá ao Brasil pela primeira vez em seu mandato neste final de semana. Ele escolheu não se encontrar com Lula, mas tem um jantar previsto com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
– 6ª feira e sábado (6 e 7 de julho) Bolsonaro/Milei estarão em Balneário Camboriú/SC participando do @cpacbrasil .
– Convite construído pelo Deputado Federal @BolsonaroSP .
– Será uma satisfação encontrar mais uma vez com os senhores!
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) July 3, 2024
Milei tem previsão de chegada ao Brasil no próximo sábado (6), sendo sua partida de volta para a Argentina no domingo (7). Durante sua estadia, Milei participará da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), um fórum de direita que será realizado em Balneário Camboriú, Santa Catarina.
Além de Javier Milei, a CPAC Brasil contará com a participação de figuras internacionais como José Antonio Kast, do Chile, e Gustavo Villatoro, de El Salvador. Políticos brasileiros e aliados de Bolsonaro, como o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, e o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, também marcarão presença.
No domingo (7), o argentino deve fazer uma palestra na CPAC. A ideia do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), fundador do evento, é que Milei encerre o ciclo de palestra, mas dependerá da disponibilidade de agenda do argentino. O ingresso para dois dias da edição de 2024 custa R$ 249.
Relações diplomáticas entre Milei e Lula
As declarações prévias de Milei contra Lula e seu governo, bem como a decisão de não encontrá-lo, geram especulações sobre o futuro das relações entre Argentina e Brasil. Recentemente, o presidente do Brasil afirmou que o chefe de Estado Argentino deveria pedir desculpas por ter dito “muita bobagem”. Em seguida, Milei reiterou críticas ao presidente brasileiro, chamando-o de “corrupto”.
O porta-voz de Milei, Manuel Adorni, foi questionado pela CNN se a decisão do presidente argentino cancelar a ida, na próxima segunda-feira (8) à Cúpula Mercosul, em Assunção, no Paraguai, teria relação com esses acontecimentos. Ele garantiu que não. “O presidente jamais deixaria de ter uma atividade por coisas que disse. Isso não vai acontecer nem agora com o tema Lula, nem em nenhuma outra circunstância”, destacou Adorni.
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