A recente decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de proibir o uso de produtos à base de fenol em procedimentos estéticos trouxe à tona uma série de preocupações e debates acerca da segurança desses tratamentos. O peeling de fenol, conhecido por sua eficácia no combate a rugas profundas e outros sinais severos de envelhecimento, agora está sob scrutínio após graves incidentes.
Este método, que utiliza uma substância ácida para promover a renovação da pele, foi o centro das atenções após o falecimento de Henrique Silva Chagas em São Paulo, o que acelerou a tomada de decisões regulatórias. A trágica ocorrência impulsionou a Anvisa a publicar a resolução 2.384/2024. Esta norma impõe não apenas a proibição do uso estético e médico do fenol mas também restringe sua venda, importação, fabricação e divulgação.
Por que a Anvisa Proibiu o Peeling de Fenol?
A medida restritiva veio como resposta à falta de evidências sobre a segurança do fenol, destacando o caso de Chagas que trouxe consequências fatais. A Anvisa, em suas investigações, ressalta a importância de garantir a segurança da população, prioridade que se refletiu na rápida promulgação da nova regulação.
Qual é a Reação dos Profissionais da Saúde?
Especialistas e órgãos de classe, como o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), foram rápidos em apoiar a decisão. O CFM salientou que tais práticas só deveriam ser realizadas por profissionais médicos qualificados e em ambientes adequados, como hospitais, que estão preparados para intercorrências.
O Impacto nos Profissionais Estéticos e Pacientes
A resolução da Anvisa tem gerado discussões entre profissionais de estética e pacientes que buscavam o peeling de fenol como solução para problemas de pele severos. Com a proibição, surgem incertezas sobre alternativas igualmente eficazes e seguras. Embora a SBD reconheça os altos riscos, também argumenta que, quando feito corretamente, o peeling pode proporcionar benefícios singulares.
Além disso, vale destacar a importância da educação e regulamentação na área de estética. O caso ocorrido em São Paulo evidencia uma lacuna significativa na preparação e certificação dos profissionais, que pode acarretar riscos sérios à saúde dos pacientes. Este episódio ressalta a necessidade de um controle mais rígido sobre quem está habilitado a realizar tais tratamentos e sob quais condições são executados.
Com a nova resolução em vigor, todos os olhos estão voltados para as investigações adicionais da Anvisa e a reação do setor de estética, que certamente buscará adaptar-se rapidamente às novas normas para continuar atendendo suas clientelas, garantindo, acima de tudo, a segurança e o bem-estar de todos os envolvidos.
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