
A chegada de um novo membro na família deveria ser um momento de alegria, mas para Glória Stefani Rodrigues dos Santos, esta experiência tornou-se uma batalha por cuidados adequados para seu filho, Noah Gabriel. O parto, que ocorreu na Maternidade Municipal do Hospital São José, apresentou complicações que resultaram em momentos angustiantes para a família.
Segundo a madrinha, Larissa Baptista da Silva, durante o trabalho de parto, a obstetra enfrentou dificuldades para realizar a retirada de Noah, o que culminou em uma intervenção mais forçada. Infelizmente, isso levou a uma lesão física no bebê, mais especificamente uma fratura na clavícula esquerda, que inicialmente não foi adequadamente diagnosticada pela equipe pediátrica presente.
Primeiros sinais de alerta
Logo após o parto, Noah não parava de chorar e não movia seu braço esquerdo, o que causou preocupação imediata. Larissa, atenta, solicitou à pediatra que fossem feitos exames de Raios-X, revelando posteriormente a lesão. O diagnóstico foi uma fratura na clavícula, que segundo os médicos, curaria sem necessidade de intervenção médica.
Inconformados com o tratamento recebido e a falta de suporte adequado do hospital, o pai de Noah dirigiu-se à delegacia para buscar orientações legais e decidiu buscar atendimento alternativo. Ainda naquele dia, um ortopedista em um pronto-socorro próximo atendeu Noah, confirmou a fratura e providenciou a imobilização necessária.
O que aconteceu após a troca de hospital?
Com a situação no novo ambiente médico resolvida e o braço de Noah devidamente imobilizado, ele conseguiu, enfim, se alimentar e acalmar-se. A família, então, buscou o Conselho Tutelar para relatar a negligência observada na Maternidade Municipal. Apesar do prontuário médico não detalhar o ocorrido com o braço do bebê, a mãe e a madrinha expuseram sua versão dos fatos, esperando que as devidas providências fossem tomadas.
“No prontuário, eles [Maternidade Municipal] não relataram o que aconteceu com o bracinho do bebê. Eles só relataram que ela saiu de dentro do hospital sem amamentar a criança, que saiu perdendo peso e sem mamar”, explicou a madrinha.
A Prefeitura, por sua vez, através de uma nota, informou que todas as situações de evasão hospitalar de menor de idade são relatadas ao Conselho Tutelar para garantir que os cuidados e direitos dos pacientes sejam mantidos. A Secretaria da Saúde (Sesau) também se pronunciou, afirmando que está comprometida a fornecer o melhor acompanhamento possível a Noah e sua família.
Qual a situação atual do bebê?
Atualmente, Noah se recupera em casa sob cuidados de sua família e acompanhamento médico especializado. A esperança é que ele se recupere completamente sem maiores complicações e que o caso sirva de lição para melhorias nos procedimentos e atendimento em partos futuros.
Este incidente destaca a importância de um acompanhamento atento durante o parto e a necessidade de transparência e comunicação eficaz entre a equipe médica e os familiares, aspectos fundamentais para garantir a segurança e o bem-estar tanto da mãe quanto da criança.