PREVENÇÃO

Poliomielite: Ministério da Saúde adota vacina injetável no esquema vacinal

Essa decisão se baseia em diversos fatores epidemiológicos e científicos. Estudos demonstram que a VIP é mais segura e eficaz do que a VOPb

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Vacinação – Créditos: depositphotos.com / microgen

O Ministério da Saúde fez um anúncio importante relacionado à vacinação contra a poliomielite. A partir de agora, a vacina oral poliomielite bivalente (VOPb), conhecida popularmente como gotinha, será substituída pela vacina inativada poliomielite (VIP), que é administrada de forma injetável. Essa mudança visa aumentar a eficácia e segurança do esquema vacinal.

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Atualmente, a VIP já faz parte do Calendário Nacional de Vacinação sendo aplicada aos 2, 4 e 6 meses de vida do bebê. No entanto, o reforço aos 15 meses, que antes era feito com a vacina oral, agora será realizado com a vacina injetável. Além disso, a dose de reforço aos 4 anos será eliminada.

A decisão de optar pela vacina injetável se baseia em diversos fatores epidemiológicos e científicos. Estudos demonstram que a VIP é mais segura e eficaz do que a VOPb. A vacina injetável contém partículas inativadas do vírus, eliminando o risco de infecção associado à vacina oral, que utiliza vírus vivo atenuado.

Benefícios da vacina injetável contra a poliomielite

A adoção da vacina injetável traz numerosos benefícios à saúde pública:

  • Segurança: A VIP utiliza vírus inativado, o que evita qualquer possibilidade de infecção.
  • Eficácia: Menor necessidade de doses de reforço, reduzindo assim o número de aplicações.
  • Inclusão: Permitida para todas as crianças, inclusive aquelas com sistemas imunológicos comprometidos.
  • Alinhamento internacional: Segue as práticas de países como os Estados Unidos e boa parte da Europa.

Com essas vantagens, a VIP se torna uma opção preferível quando comparada à vacina oral, especialmente em um contexto de baixas coberturas vacinais e desafios de saneamento em algumas regiões.

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Novo esquema vacinal contra a poliomielite

A partir de agora, o cronograma de vacinação contra a poliomielite será o seguinte:

  1. 2 meses: 1ª dose injetável
  2. 4 meses: 2ª dose injetável
  3. 6 meses: 3ª dose injetável
  4. 15 meses: dose de reforço injetável

Essa modificação visa facilitar o calendário e proporcionar uma imunização mais eficaz e segura para todas as crianças. A Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) validou a mudança, levando em conta as mais recentes evidências científicas e recomendações de especialistas.

Embora o Brasil não registre casos de poliomielite desde 1989, a cobertura vacinal contra a doença tem diminuído nos últimos anos. Em 2023, a cobertura foi de apenas 77,19%, bem abaixo da meta de 95%. A baixa adesão pode abrir caminho para surtos, especialmente em áreas com problemas de saneamento.

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