Veja a quantidade recomendada

Vitamina K: apesar de esquecida, é muito importante para nossa saúde

A vitamina K pode ser encontrada, principalmente, em vegetais de cor verde-escura, como brócolis, couve e espinafre e em algumas frutas, como kiwi, morango e uvas

Vitamina K apesar de esquecida, é muito importante para nossa saúde
(Crédito: Freepik / Bons Fluidos)

Essa vitamina, quase sempre esquecida, é mais que essencial para nossa vida. Entre suas funções, está o controle da hemorragia, já que participa do processo de coagulação sanguínea, da fixação do cálcio nos ossos e o fortalecimento dos mesmos: trata-se da vitamina K, também chamada de fitoquinona, que tem se tornado mais popular em tempos de dietas tão carentes de nutrientes.

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A vitamina K pode ser encontrada, principalmente, em vegetais de cor verde-escura, como brócolis, couve e espinafre e em algumas frutas, como kiwi, morango e uvas. Assim, já entendemos o porquê da sua deficiência, pois, encontrar esses alimentos na mesa do dia a dia, acaba sendo mais raro.

Além disso, a vitamina K2 é produzida pela microbiota intestinal e está presente em alguns alimentos de origem animal. Para aqueles que fogem de verduras e frutas, a solução é a suplementação, onde atualmente a melhor opção é a que chamamos de MK, que deve ser utilizada sob orientação de médico, farmacêutico ou nutricionista.

Sobre as variedades: K1 e K2

Para quem já ouviu falar na vitamina K, mas fica em dúvida sobre qual usar, se a K1 ou a K2, eu vou explicar: acontece que quando falamos em vitamina K, estamos falando de um termo que engloba diferentes moléculas com uma estrutura parecida, mas com algumas particularidades, onde k1 e k2 são as duas principais formas dessa vitamina – as quais encontramos nas fontes alimentares.
A vitamina K1, também chamada de filoquinona, é encontrada em vegetais verdes, como couve, espinafre e brócolis, como citei acima.

Já a vitamina K2 – também conhecida como menaquinona – está presente em maior quantidade em produtos de origem animal, como carnes, ovos e laticínios, e em alimentos fermentados, sendo o natto – um alimento tradicional do Japão, obtido através da fermentação da soja – uma das fontes alimentares com maior concentração de vitamina.

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Na vitamina K2, existem ainda diferentes subtipos: menaquinonas de 4 a 15 (MK-4 a MK-15), sendo as mais comuns são MK-4, MK-7 e MK-9 que diferem na sua estrutura, sendo mais específico, tendo variações na cadeia de isoprenilo, que é o que vai influenciar a sua biodisponibilidade no organismo.

A maior diferença entre as duas é que a vitamina K1 está mais envolvida com o processo de coagulação sanguínea. Já a vitamina K2 participa da mobilização do cálcio no organismo.

A vitamina K2 MK-7 atua na manutenção da saúde óssea justamente por participar da mobilização do cálcio, ativando a osteocalcina, uma proteína fundamental na fixação do cálcio nos ossos. De maneira simplificada, a vitamina K2 MK-7 estimula a formação do tecido ósseo pelos osteoblastos e inibe a reabsorção óssea pelos osteoclastos, o que é de extrema importância no combate a osteoporose – quando há um desiquilíbrio nessa relação entre a produção e a reabsorção do tecido ósseo -, por isso, se faz a combinação da vitamina K2 com a vitamina D3.

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Além de atuar contra a osteoporose, a vitamina K2 MK-7 se direciona ao cálcio para os ossos, fazendo com que diminua sua concentração na circulação, evitando assim a calcificação das artérias, que leva a problemas cardíacos. Isso ocorre porque essa vitamina atua com o cofator para ativação de uma proteína chamada Matrix Gla (MGP) que participa da remoção do cálcio livre dos vasos sanguíneos, além de atrair macrófagos e fagócitos e regular negativamente a proteína óssea-2 (BMP-2) mantendo as artérias flexíveis e livres de depósitos de cálcio e reduzindo o risco de hipertensão arterial e suas complicações. Tá bom, ou quer mais?

Absorção no organismo

A vitamina K2 é uma vitamina lipossolúvel, ou seja, pode ser dissolvida em gordura, logo, quando ingerida junto a uma fonte de gordura, sua absorção é bem melhor e obviamente não preciso dizer que essa fonte de gordura deve ser saudável, como abacate ou castanhas, pensando na saúde cardiovascular. Outra dica importante é que quando suplementar, a melhor escolha a ser feita é aviar sua receita em farmácia de manipulação pedindo para ser manipulada em óleo, como o coco, amendoim, abacate ou mesmo azeite de oliva.

Atenção especial para a suplementação

A suplementação com vitamina K2 MK-7 é bastante segura de maneira geral, mas gestantes e lactantes devem suplementar esta vitamina apenas sob indicação de seu médico.

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Pessoas que fazem uso de medicamentos anticoagulantes, como a varfarina ou mesmo aspirina, devem ter especial atenção, lembrando o fato da vitamina K ter ação coagulante, assim como aqueles que passaram por cirurgia bariátrica e que usam medicamentos para reduzir a absorção de gordura no intestino, pois a vitamina K é dissolvida e absorvida juntamente com a gordura dos alimentos.

Excesso de vitamina K

A vitamina K obtida através dos alimentos e não apresenta efeitos tóxicos, mas quando o suplemento é utilizado em quantidades elevadas, pode ter alguns efeitos secundários, como coagulação irregular do sangue, toxicidade hepática, anemia hemolítica ou problemas neurológicos, principalmente nos recém-nascidos que recebem injeção dessa vitamina.

Vitamina K para recém-nascidos

Quando nascemos, possuímos baixa vitamina K, pois ela não atravessa a placenta com facilidade. Assim, há risco de o bebê recém-nascido apresentar hemorragias por deficiência. Além disso, o leite materno é uma fonte muito pobre, mesmo sendo formada no intestino, já que o bebê ainda não formou bactérias capazes de produzir essa vitamina em quantidades suficientes.

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Quantidade recomendada

A quantidade recomendada de ingestão diária de vitamina K varia de acordo com a idade, como mostrado a seguir:

Idade: 0 a 6 meses
Quantidade recomendada: 2 mcg

Idade: 7 a 12 meses
Quantidade recomendada: 2,5 mcg

Idade: 1 a 3 anos
Quantidade recomendada: 30 mcg

Idade: 4 a 8 anos
Quantidade recomendada: 55 mcg

Idade: 9 a 13
Quantidade recomendada: 60 mcg

Idade: 14 a 18
Quantidade recomendada: 75 mcg

Homens com mais de 19 anos
Quantidade recomendada: 120 mcg

Mulheres com mais de 19 anos
Quantidade recomendada: 90 mcg

Gestantes e lactantes
Quantidade recomendada: 90 mcg

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