A China divulgou na última semana sua mais nova arma de guerra: um cão-robô, que é armado com um rifle automático, grudado em suas costas. A tecnologia que estará presente nos campos de batalhas modernos apareceu em um vídeo gravado durante um treinamento dos jogos de guerra, com o exército de Camboja, e viralizou nas redes sociais.
Durante o exercício “Golden Dragon” deste ano, evento de treinamento militar que acontece anualmente entre China e Camboja, o cão-robô pode ser visto caminhando, pulando, deitando-se e disparando um rifle semiautomático. Além disso, em certo momento ele lidera um pequeno batalhão.
Em entrevista à rede estatal chinesa CCTV, o soldado Chen Wei afirmou que se sente entusiasmado para entrar em uma operação com a tecnologia. “Ele pode servir como um novo membro em nossas operações de combate urbano, substituindo nossos membros (humanos) para realizar reconhecimento e identificar o inimigo e atingir o alvo”, afirmou.
O robô é programado para realizar várias ações em campos militares, como planejar rotas, evitar obstáculos sem necessidade de comando e fazer reconhecimento de alvos. Ele pesa por volta dos 15 quilos (50 kg quando está equipado com o rifle).
Ainda, o cão-robô é equipado com sistema de percepção 4d, o que significa que ele fornece imagens de reconhecimento em tempo real para os postos de comando. Esta tecnologia pode atuar de duas a quatro horas devido a sistema sofisticado de bateria e energia. Confira o robô em funcionamento:
Cão-robô não é tecnologia nova
Apesar de ter chocado as pessoas nas redes sociais, o uso de tecnologias de guerra como o cão-robô não é novidade. Em vídeo divulgado pela CCTV em novembro do ano passado já era possível ver cães-robôs armados com espingardas, em um exercício militar envolvendo chineses, cambojanos, laosianos, malaios, tailandeses e vietnamitas.
De acordo com o jornal estatal chinês Global Times, envolver esta tecnologia em eventos militares com pessoas de outros países representa um desenvolvimento avançado dos cães-robôs. “Normalmente, um novo equipamento não será levado para um exercício conjunto com outro país, então os cães-robôs devem ter atingido um certo nível de maturidade técnica”, disse o portal.
* Sob supervisão de Lilian Coelho