Presidente chileno anuncia equipe ministerial com maioria feminina

Dos 24 ministérios, 14 serão comandados por mulheres

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O recém-eleito presidente Gabriel Boric saúda os profissionais de saúde depois de receber a terceira dose de reforço da vacina da Pfizer contra o COVID-19 no Gimnasio Olimpico Municipal em 24 de dezembro de 2021 em Santiago, Chile. O recém-eleito presidente Gabriel Boric, do partido de esquerda Apruebo Dignidade, derrotou o candidato de direita José Antonio Kast com 55% dos votos no segundo turno. (Foto de Karin Pozo – Pool/Getty Images)

O presidente chileno, Gabriel Boric, anunciou nesta sexta-feira (21) os integrantes de sua equipe ministerial. O gabinete conta uma presença majoritariamente feminina, serão 14 ministras e 10 ministros.

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Boric, que tomará posse em 11 de março, qualificou sua formação ministerial como “diversa”, com pessoas de origens e formações distintas. “Temos certeza que a riqueza do Chile está, justamente, na diversidade de sua gente”, disse Boric.

“Esse gabinete tem a missão de lançar as bases para as grandes reformas que nos propusemos realizar em nosso programa”, completou o presidente eleito de apenas 35 anos.

Para a chefia do ministério da Defesa, Boric nomeou Maya Fernanda Allende, neta do ex-presidente Salvador Allende, deposto e morto durante o golpe de estado liderado pelo general Augusto Pinochet.

Mulheres no poder

 Além de Maya Fernanda Allende, há ainda:

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  • Jeanette Vega no Ministério de Desenvolvimento Social e da Família. Médica sanitarista, foi subsecretária de Saúde Pública, diretora do Fundo Nacional de Saúde e do Instituto Nacional de Saúde Pública.
  • Julieta Brodsky no Ministério das Culturas. Antropóloga formada pela Universidade de Granada.
  • Antonia Orellana no Ministério da Mulher. Jornalista formada pela Universidade do Chile e membro do partido de Boric.
  • Alexandra Benado no Ministério dos Esportes. Ex-jogadora de futebol, professora de educação física, ativista e filha de militante assassinada na ditadura.
  • Marisa Rojas no Ministério do Meio Ambiente.
  • Javiera Toro no Ministério de Bens Nacionais. Advogada da Universidade do Chile.
  • María Begoña Yarza no Ministério da Saúde. Médica-cirurgiã formada pela Universidade do Chile.
  • Jeanette Jara no Ministério do Trabalho e Previdência Social. Advogada, foi subsecretária da Previdência durante o segundo governo da ex-presidente Michelle Bachelet.
  • Marcela Ríos no Ministério da Justiça. Socióloga, construiu parte de sua carreira dentro do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
  • Izkia Siches no Ministério do Interior e Segurança Pública. A médica chefiou a campanha de Boric e presidiu o Colégio Médico do Chile durante o enfrentamento da pandemia da Covid-19.
  • Marcela Hernando no Ministério de Mineração. Ex-prefeita e parlamentar do Partido Radical pela região de Antofagasta.
  • Antonia Urrejola no Ministério das Relações Exteriores. Ex-presidente da Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
  • Camila Vallejo Dowling na Secretaria Geral de Governo. Deputada do Partido Comunista desde 2014, participou das manifestações estudantis de 2006 e ganhou reconhecimento da Anistia Internacional pelo seu trabalho em defesa dos direitos humanos.

Em publicação no Twitter, o cientista político Felipe Galli afirmou que ”a partir de 11 de março, Chile terá a maior porcentagem de mulheres ministras da América Latina, com 58%.”

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