O presidente chileno, Gabriel Boric, anunciou nesta sexta-feira (21) os integrantes de sua equipe ministerial. O gabinete conta uma presença majoritariamente feminina, serão 14 ministras e 10 ministros.
Boric, que tomará posse em 11 de março, qualificou sua formação ministerial como “diversa”, com pessoas de origens e formações distintas. “Temos certeza que a riqueza do Chile está, justamente, na diversidade de sua gente”, disse Boric.
“Esse gabinete tem a missão de lançar as bases para as grandes reformas que nos propusemos realizar em nosso programa”, completou o presidente eleito de apenas 35 anos.
Para a chefia do ministério da Defesa, Boric nomeou Maya Fernanda Allende, neta do ex-presidente Salvador Allende, deposto e morto durante o golpe de estado liderado pelo general Augusto Pinochet.
Mulheres no poder
Além de Maya Fernanda Allende, há ainda:
- Jeanette Vega no Ministério de Desenvolvimento Social e da Família. Médica sanitarista, foi subsecretária de Saúde Pública, diretora do Fundo Nacional de Saúde e do Instituto Nacional de Saúde Pública.
- Julieta Brodsky no Ministério das Culturas. Antropóloga formada pela Universidade de Granada.
- Antonia Orellana no Ministério da Mulher. Jornalista formada pela Universidade do Chile e membro do partido de Boric.
- Alexandra Benado no Ministério dos Esportes. Ex-jogadora de futebol, professora de educação física, ativista e filha de militante assassinada na ditadura.
- Marisa Rojas no Ministério do Meio Ambiente.
- Javiera Toro no Ministério de Bens Nacionais. Advogada da Universidade do Chile.
- María Begoña Yarza no Ministério da Saúde. Médica-cirurgiã formada pela Universidade do Chile.
- Jeanette Jara no Ministério do Trabalho e Previdência Social. Advogada, foi subsecretária da Previdência durante o segundo governo da ex-presidente Michelle Bachelet.
- Marcela Ríos no Ministério da Justiça. Socióloga, construiu parte de sua carreira dentro do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
- Izkia Siches no Ministério do Interior e Segurança Pública. A médica chefiou a campanha de Boric e presidiu o Colégio Médico do Chile durante o enfrentamento da pandemia da Covid-19.
- Marcela Hernando no Ministério de Mineração. Ex-prefeita e parlamentar do Partido Radical pela região de Antofagasta.
- Antonia Urrejola no Ministério das Relações Exteriores. Ex-presidente da Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
- Camila Vallejo Dowling na Secretaria Geral de Governo. Deputada do Partido Comunista desde 2014, participou das manifestações estudantis de 2006 e ganhou reconhecimento da Anistia Internacional pelo seu trabalho em defesa dos direitos humanos.
Em publicação no Twitter, o cientista político Felipe Galli afirmou que ”a partir de 11 de março, Chile terá a maior porcentagem de mulheres ministras da América Latina, com 58%.”
A partir del 11 de marzo, Chile???????? pasará a tener el mayor porcentaje de mujeres ministras de América Latina, con un 58% (14 de 24).#gabinete #GabineteGabrielBoric pic.twitter.com/JsbIFQAYox
— Felipe Galli???????????? (@FEscrutinio) January 21, 2022