VETO A SANÇÕES

Brasil propõe cooperação ambiental para fechar acordo com UE

O projeto substitui a proposta inicial de Bruxelas que previa punições, sanções e elevação de impostos para produtos sul-americanos em caso de desrespeito a acordos climáticos

Brasil propõe cooperação ambiental para fechar acordo com UE
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, se reúne com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen (Crédito Foto: PR/Divulgação)

O Brasil propõe um sistema de cooperação a ser estabelecido com os europeus no campo ambiental para fechar o acordo entre o Mercosul e a União Europeia (UE). O projeto, segundo revelou o Itamaraty, substitui a proposta original de Bruxelas que previa punições, sanções e elevação de impostos para produtos sul-americanos em caso de desrespeito a acordos climáticos. O acordo vem sendo negociado entre os dois blocos de 1999.

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No texto que circulou com a proposta do Mercosul aos europeus, Bruxelas aponta que há uma referência clara contra sanções ou mesmo “indícios de aplicação de sanções” contra produtos exportados pelo bloco sul-americano.

Os europeus saíram da reunião com a impressão de que se trata, na verdade, de um pedido de apoio financeiro. O bloco sul-americano estaria interessado em uma ajuda dos europeus para permitir que seus exportadores cumpram as exigências da UE.

O texto, segundo o UOL, ressalta que qualquer tipo de barreira imposta pelos europeus seria respondida com um mecanismo que permitiria “reequilibrar as concessões comerciais”: o Mercosul teria o direito de rever qualquer abertura a um setor de interesse dos europeus.

Os movimentos ecologistas da UE e também o Partido Verde reagiram com preocupação. Ambos alertaram que o gesto do Mercosul, caso seja aceito pela orgamização europeia, poderia representar um afrouxamento do combate ao desmatamento.

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Por outro lado, no gabinete da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, existe a esperança de que um acordo possa ser finalizado até dezembro deste ano.

O tema será discutido em uma reunião dos chanceleres do Mercosul, que estão nesta segunda-feira em Nova York para participar da Assembleia Geral da ONU. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva abre o evento nesta terça-feira, com um discurso que vai insistir sobre a necessidade de uma reforma no sistema internacional e maior espaço aos países emergentes.

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