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Senado argentino aprova megaprojeto de Milei

Texto voltará para a Câmara; documento prevê poderes especiais para o presidente e privatização de estatais

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Senado aprova megaprojeto de Milei – Créditos: Reprodução/Perfil

O megaprojeto de lei do presidente argentino Javier Milei foi aprovado no Senado do país nesta quarta-feira (12). Após horas de debates, protestos externos e uma votação acirrada, o texto prevê poderes especiais ao político por decreto. Além disso, permite a dissolução de órgãos públicos e a privatização de estatais. Por fim, também cria incentivos fiscais para empresas estrangeiras.

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Durante um empate de 36 votos contra e 36 a favor, coube à vice-presidente Victoria Villaruel desempatar a aprovação do projeto. Porém, por causa de alterações feitas no Senado, o texto voltará para a Câmara.

O megaprojeto

Javier Milei apresentou a “Lei de Bases” durante os primeiros dias do seu mandato. O documento original contava com 664 artigos. Porém, para garantir a aprovação da proposta, o presidente argentino passou por várias concessões. A versão que passou na Câmara em maio deste ano continha 232 artigos.

No geral, o pacote inclui modificações de legislações trabalhistas e a privatização de algumas empresas estatais. O texto também possibilita que o presidente declare “emergência pública em questões administrativas, econômicas, financeiras e energéticas pelo período de um ano”. Na prática, o Poder Executivo conseguirá legislar sem a presença do Congresso.

O governo não conseguiu aprovar a privatização das empresas de Correo Argentino (correio), Radio y Televisión Argentina (rádio e televisão) e Aerolíneas Argentinas (aviação). Por outro lado, alterou a moratória previdenciária e criou um benefício para aposentados na idade prevista pela lei, mesmo sem os 30 anos de contribuição exigidos.

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Protestos externos

Manifestantes contrários ao projeto tiveram confrontos com policiais. Participantes do protesto incendiaram carros e lixeiras, além de arremessar objetos contra os agentes de seguranças. Pelo menos 18 pessoas foram presas.

Através do X, o governo argentino escreveu que “grupo terroristas” tentaram realizar um “golpe de Estado contra o funcionamento normal do Congresso”.

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