MUDANÇAS

Presidente francês aceita a demissão do premiê Gabriel Attal; saiba detalhes

Emmanuel Macron havia recusado o pedido de renúncia em 8 de julho para “manter estabilidade política no país”; Novo ministro deve ser anunciado em agosto

Emmanuel Macron havia recusado o pedido de renúncia de Attal em 8 de julho para "manter estabilidade política no país".
Attal ficará no cargo interinamente até que seu sucessor seja nomeado – Créditos: Reprodução/ X

Emmanuel Macron, o presidente da França, aceitou nesta terça-feira (16) a renúncia de Gabriel Attal ao cargo de primeiro-ministro. Attal, que pertence ao mesmo partido do presidente, havia tentado renunciar anteriormente, em 8 de julho, após os resultados das eleições parlamentares, mas sua tentativa foi recusada para “garantir a estabilidade política do país“. Agora oficializada, sua saída abre caminho para a nomeação de um novo líder governamental.

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Após a aceitação da renúncia, Gabriel Attal continuará atuando interinamente até que um sucessor seja nomeado. A definição do novo primeiro-ministro, conforme anunciado por Macron, ocorrerá após as Olimpíadas de Paris, marcadas para ocorrer entre 26 de julho e 11 de agosto de 2024. A legislação francesa não estipula um prazo definido para tal nomeação, dando margem para que essa transição política ocorra dentro de um período indeterminado.

Embora nenhum nome tenha sido explicitamente indicado por Emmanuel Macron para substituir Attal, especulações giram em torno de diversas figuras políticas do partido, assim como de outras lideranças que participaram das recentes eleições. O cenário político atual pede um perfil que possa gerenciar as complexidades de um parlamento fracionado, onde nenhuma coalizão possui maioria absoluta.

Eleições parlamentares e renúncia de Attal

As eleições parlamentares de 7 de julho de 2024 foram um momento decisivo, revelando um parlamento altamente dividido. A Nova Frente Popular (NFP), coalizão esquerdista, e a coalizão de direita, liderada por Marine Le Pen, não alcançaram a maioria. A NFP conseguiu 182 assentos, enquanto o grupo de Le Pen obteve apenas 143, ou seja, números muito aquém da maioria necessária de 289 de 577 possíveis.

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Diante deste quadro, as negociações continuam sendo tensas e incertas. Parte da esquerda pressiona por um primeiro-ministro com posicionamentos mais radicais, enquanto outros membros, mais moderados, defendem a escolha de um nome que possa dialogar de maneira mais ampla.

Na próxima quinta-feira (18), haverá a primeira reunião da Casa Baixa desde as eleições, onde será eleito o seu presidente.

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