De acordo com a meteorologia da Prefeitura, setembro deste ano registrou o menor índice pluviométrico desde 1997, quando os dados começaram a ser registrados. Com um total de apenas 6,9mm de chuva, superando o recorde anterior de 11,6mm em 2017, o cenário é preocupante, especialmente quando comparado ao índice do ano passado, que foi de 30,7mm.
Em contraste, setembro de 2022 registrou um índice pluviométrico significativamente maior, com 144,7mm, refletindo a variabilidade interanual das precipitações. O maior registro histórico para este mês ocorreu em 2005, com 157,7mm.
Por que as Chuvas Variam Tanto?
Segundo a meteorologista do Sistema Alerta Rio, Mayara Villela, a variação de precipitação em setembro está relacionada a diversos fatores. As passagens de sistemas climáticos, anos de El Niño ou La Niña e outros fenômenos intrasazonais (entre estações do ano) influenciam diretamente os níveis de chuva.
Como Foi o Desempenho de Setembro em Outros Anos?
Para contextualizar o cenário atual, é importante olhar para os índices de pluviometria de outros anos. Cada período tem sua peculiaridade climática que influencia na ocorrência e quantidade das precipitações. Abaixo, listamos os meses com menores registros de chuva:
- 4,2mm – julho/2016
- 5,7mm – fevereiro/2003
- 6,6mm – agosto/2015
- 6,9mm – setembro/2024
- 8,5mm – abril/2024
- 8,6mm – agosto/2001
- 9,6mm – junho/2000
- 11,6mm – setembro/2017
- 12,1mm – junho/2023
- 13,3mm – abril/2016
Como as Mudanças Climáticas Influenciam Esses Dados?
As mudanças climáticas têm potencial de alterar os padrões de precipitação, tornando eventos extremos mais frequentes. A influência de sistemas de alta pressão, combinada com a escassa passagem de sistemas transientes, favoreceu a baixa ocorrência de chuvas na cidade do Rio em setembro deste ano. Segundo Villela, enquanto os primeiros 21 dias correspondem ao final do inverno — um período mais seco —, a transição para a primavera não trouxe o esperado aumento de precipitações.
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Quais Foram os Impactos na Cidade?
Além dos baixos níveis de chuva, um foco de incêndio atingiu o Morro da Covanca, em Jacarepaguá, destacando a fragilidade das áreas florestais em meses secos. A falta de precipitação pode exacerbar tais eventos, criando um ambiente propício para incêndios florestais que podem se alastrar rapidamente.
Em resumo, a análise histórica dos índices pluviométricos de setembro revela uma variação significativa, dependente de diversos fatores climáticos e fenômenos naturais. A compreensão dessas nuances é crucial para a preparação e mitigação de impactos futuros na cidade.
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