
Que o tapete verde e o futebol são paixões nacionais todo mundo sabe. Que o torcedor sente a vibração da partida ao entrar no estádio também todo mundo sabe.
Mas, a grama verdinha onde a bola e os jogadores correm vem de onde? Uma coisa dá para adiantar: ela tem que ser resistente, já que o calor e o calendário extenso do futebol brasileiro são seus “adversários de jogo”.
Aqui no Brasil, a principal espécie é a grama-bermudas, de nome científico cynodon dactylon, originária do continente africano. Tem este nome porque foi levada pelos colonizadores europeus para as Bermudas, conjunto de pequenas ilhas do Caribe de domínio britânico.
A maior fazenda produtora da grama-bermudas fica em Tremembé, município a 139 km de São Paulo, localizado no Vale do Paraíba paulista.
A subespécie mais usada da grama-bermudas é do tipo Celebration, mais resistente para estádios onde se realizam muitos jogos. Rodrigo Santos, coordenador do Centro de Gramados Esportivos e Inovação da empresa Itograss, explica, em entrevista ao G1, que “o calendário específico do Brasil tem uma quantidade de jogos grande e para suprir isto você tem que ter uma grama que se recupere deste dano”. A Celebration é a grama mais indicada, informa.
Para ter aquele gramado – o tapete verde – onde a bola deve correr solta, há um processo que pode demorar 90 dias. Uma espécie é cruzada com outra para a melhoria de algumas características.
Quando uma nova variedade se destaca, a partir deste cruzamento, a empresa que realizou este melhoramento genético, envia para as fazendas os sprigs, que são as pequenas mudas ainda sem solo.
As mudas são plantadas e colhidas depois de um ano. Elas se fortalecem e, aí então, são levadas para os estádios, onde é comum fazer a plantação destes sprigs. Cerca de dois meses depois, a grama está pronta para os jogos.
As empresas, como forma de acelerar o processo, podem fazer a colheita em grandes rolos de grama, que ficam prontos em menos de 72 horas. A razão é que nem todos os estádios podem esperar o tempo de 60 dias. O palco para o bailado dos craques tem que estar pronto o mais rápido possível.
Nesse processo, a grama pesa cerca de 80 quilos o m² dentro dos rolos . “Este peso vai garantir que o rolo não se levante durante uma partida colocando uma jogada decisiva em cheque, ou prejudique a saúde do atleta”, explica Rodrigo.
Manutenção do tapete verde
Para estar sempre em boas condições de uso, a grama deve ser cortada pelos funcionários do estádio na forma vertical, pois assim é possível remover o excesso de grama morta embaixo do solo.
Os jardineiros também realizam uma perfuração do campo para a troca de argila por areia, que facilita a passagem de oxigênio e um melhor desenvolvimento do gramado.
Lucas Félix, supervisor de gramado do São Paulo Futebol Clube, destaca que quando o torcedor adentra no estádio do Morumbi pela primeira vez (de propriedade do time), o que ele vê primeiro é o extenso gramado. “A grama tem vida e gente trata com bastante carinho para ela não ficar doente”, finaliza.
Os campeonatos estaduais de futebol começam neste mês de janeiro, no próximo sábado (15). A grama verde estará pronta para ser admirada e para ser o cenário da maior paixão nacional do brasileiro.
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O empresário do volante Jhegson Méndez, de 25 anos, postou uma foto do estádio do Morumbi nos stories do Instagram.
O negócio está fechado, e o São Paulo está apenas finalizando os detalhes restantes para anunciar a contratação do equatoriano.
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📸 Ulrik Pedersen pic.twitter.com/1W0Niw02LK— FutebolNews (@realfutebolnews) January 4, 2023
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