
O desmatamento na Amazônia diminuiu, já no segundo maior bioma brasileiro, o Cerrado, a destruição de cobertura vegetal aumentou.
Os alertas de desmatamento na Amazônia caíram entre agosto de 2022 e julho de 2023, segundo dados informados nesta quinta-feira (3) pelo governo federal. O estudo tem como base o sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe). Por outro lado, no Cerrado houve alta no mesmo período.
Os recortes do Deter são mais precisos e abrangem um período de 12 meses, de um ano para outro. Os dados divulgados englobam o final do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e começo do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No período analisado pelo Inpe, 7.952 km² de área na Amazônia foram desmatados, o que representa um recuo de 7,4% com relação ao mesmo período 12 meses anterior; o total devastado equivale à área da Grande São Paulo. Em 2019/20, a área devastada foi de 9.216 km².
O estado do Pará seguiu no pódio como campeão em desmatamento: 36,2% do total desmatado. Mato Grosso aparece logo a seguir, na segunda colocação.
Por outro lado, no Cerrado, aconteceu o inverso, ou seja, um aumento do total desmatado. Entre agosto de 2022 e julho de 2023, o desmatamento cresceu 16,5%, atingindo 6.359 km² de destruição nestes 12 meses (no período anterior, o total alcançou 5.485 km²)
O Deter apontou que o estado da Bahia é líder em desmatamento no bioma, respondendo por 26,3% do total destruído. Ainda de acordo com o sistema do Inpe, 78,7% do desmatamento estão concentrados na região do Matopiba, que corresponde ao Cerrado de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. O Matopiba é considerada uma das principais fronteiras agrícolas do Brasil.
Muito bem acompanhado, na divulgação do Dados DETER no @inpe_mcti com @rodrigoagost e @ricardogalvaosp Ciência e Meio Ambiente pelo desenvolvimento e sustentabilidade. pic.twitter.com/oDWdMDduug
— Cláudio Almeida (@C_Almeida68) August 3, 2023