ALTA NOS INSUMOS

PIB do agronegócio recua 4,22% em 2022

O setor agrícola foi pressionado pela redução da produção em culturas importantes, principalmente a soja.

PIB do agronegócio recua 4,22% em 2022
O PIB do setor pecuário registrou alta de 2%, valor insuficente para compensar as perdas do ramo agrícola (Crédito: Canva Fotos)

O PIB do agronegócio brasileiro, calculado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP de Piracicaba, em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), registrou queda de 4,22% em 2022. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (20).

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Esse cenário se materializou após o PIB ter atingido recordes consecutivos em 2020 e em 2021 com esse biênio. Este biênio se caracterizou como um dos melhores da história recente do agronegócio brasileiro.

POR QUE O PIB DO AGRO CAIU?

De acordo com os pesquisadores do Cepea, o principal motivo para o cenário de baixa em 2022 é a forte alta dos custos com insumos no setor, tanto na agropecuária quanto nas agroindústrias, que tem corroído o PIB ao longo das cadeias. Considerando-se os desempenhos da economia brasileira e do agronegócio, a participação do setor no total alcançou 24,8% em 2022, abaixo dos 26,6% registrados em 2021.

Se o PIB do ramo agrícola recuou expressivos 6,39%, o do ramo pecuário avançou 2,11%. Pesquisadores do instituto indicam que o resultado negativo do PIB do ramo agrícola esteve atrelado à forte alta dos custos com insumos para a produção agrícola dentro da porteira, como fertilizantes, defensivos, combustíveis, sementes e outros.

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Esse aumento dos custos superou em grande medida o crescimento do faturamento: considerando-se a média ponderada das diversas culturas acompanhadas, houve elevação real de 6,44% do faturamento e crescimento real de 37,4% dos custos com insumos.

Além disso, o PIB agrícola também foi pressionado pela redução da produção em culturas importantes, principalmente a soja, que detém peso expressivo no PIB.

Quanto ao ramo pecuário, o crescimento do PIB em 2022 esteve atrelado aos avanços nos segmentos primário e de agrosserviços. No segmento primário, a alta decorreu de um aumento do valor bruto da produção, somado à redução dos custos com insumos; neste último caso, em relação ao patamar expressivamente elevado atingido em 2021.

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