CPI da Covid: Roberto Dias é preso após depoimento

Segundo o Senador Omar Aziz, o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde mentiu no depoimento

CPI da Covid Roberto Dias é preso após depoimento
(Crédito: Waldemir Barreto/Agência Senado)

Dias é o primeiro depoente a sair preso da da CPI da Covid.Ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde é preso após depoimento à CPI da Covid

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Segundo o Senador Omar Aziz, o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde mentiu no depoimento. Cometeu perjúrio ao dizer que não havia marcado um encontro com o policial Luiz Paulo Dominguetti em 25 de fevereiro, num restaurante em Brasília. Afirmou aos senadores que encontrou o vendedor “por acaso”. Depois, áudios do celular de Dominguetti apresentados à CPI mostraram que houve combinação prévia. Às 17h26, Aziz deu voz de prisão a Dias.

Dominguetti, que se apresenta como representante da Davati Medical Supply, disse que o encontro serviu para tratar de uma oferta de 400 milhões de doses de vacina ao Ministério da Saúde.

A advogada de Dias protestou contra a prisão, disse que o ato é ilegal.

Os Senadores da CPI comentaram a prisão nas redes sociais:

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Omar Aziz explicou o que motivou a decisão:

Já o vice-presidente da CPI, o senador Randolfe Rodrigues, esbravejou: “Chega de mentiras!”

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Mais cedo, Dias negou que  tenha solicitado propina em negociação para aquisição vacinas. Dias foi demitido do cargo na semana passada após as declarações envolvendo seu nome. Ele disse que foi “injustiçado”.

“Acerca da alegação do senhor Dominguetti, nunca houve nenhum pedido meu a este senhor. O mesmo já reconheceu à CPI que nunca antes daquela data havia estado comigo”, afirmou Dias.

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Ele também rebateu a denúncia do servidor da Saúde Luis Ricardo Miranda, que afirmou que sofreu pressão para acelerar a importação da vacina indiana Covaxin. Logo no início do depoimento, Dias disse estar “sofrendo um massacre”. 

“Estou há mais de dez dias sendo massacrado e citado em todos os veículos de comunicação sem que haja uma única prova ou indício que sustente tais alegações”, afirmou.

Depois de passar 5 horas detido, o ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde pagou fiança de R$ 1,1 mil e foi liberado.

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