Cerca de 62 mil pessoas de 70 nacionalidades diferentes são reconhecidas no Brasil, como refugiadas. O número que é mais evidente é o de venezuelanos, mas também há muitos colombianos, sírios e congoleses. Desde 2016, o país recebeu mais de 53 mil refugiados.
O ANCUR, agência da ONU para refugiados, há quarenta anos, tem como missão proteger essas pessoas e oferecer todo tipo de assistência apoiada nas ações do governo federal, da sociedade civil e do setor privado. “Viemos em 2015, eu trouxe as minhas roupas e as crianças. Falei ‘vamos’, foi assim”, contou Prudence Kalambay, artista refugiada do Congo.
O número crescente de pessoas que fogem de guerras, perseguições, violências e violações de direitos humanos em 2020 subiu para quase 82,4 milhões no mundo inteiro. O equivalente a 1% da população mundial. Farmacêuticos refugiados da Síria, Salsabil e Salim Alnazer, encontraram acolhimento após quase dois anos procurando um país que não dificultasse a entrada de sírios. Em 2014, com pouco que havia de suas economias, vieram para o Brasil em busca de uma nova vida em paz.
“A situação de lá estava muito difícil, você sai de sua casa, perde tudo. Infelizmente, os países que estavam perto de nós não deram apoio como o Brasil”, explicou Salim. Os dois já tinham uma filha e Salsabil estava grávida do segundo quando chegaram aqui. Por mais que seja formada em farmácia, ela também faz e vende pratos árabes tradicionais para completar a renda.
O Brasil aceitou 9 a cada 10 pedidos de refúgio que recebeu desde 2016. A Alemanha, enquanto isso, aceitou 6 a cada 10. A discrepância, é claro, tem razão de ser: nesse período, enquanto o Brasil acolheu 50 mil refugiados, a Alemanha acolheu 1 milhão. https://t.co/knAVinDSuI pic.twitter.com/DhD3nBpMLN
— revista piauí (@revistapiaui) February 16, 2022