ataque com soda cáustica

Ex-namorado de jovem atingida por ácido planejou crime pelo celular e de dentro da prisão, afirma MP

Marlon Ferreira Neves estava preso por outros crimes e ordenou à atual companheira, Débora Custódio, que matasse Isabelly

Ex-namorado de jovem atingida por ácido planejou crime pelo celular e de dentro da prisão, afirma MP
Jovem é atacada com ácido no meio da rua no norte do Paraná -Crédito: Reprodução/Arquivo pessoal

O ex-namorado de Isabelly Aparecida Ferreira Moro, Marlon Ferreira Neves, planejou o ataque com soda cáustica contra ela de dentro do presídio, segundo o Ministério Público do Paraná (MP-PR).

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Neves, preso por outros crimes, ordenou à atual companheira, Débora Custódio, que matasse Isabelly. O ataque ocorreu em maio em Jacarezinho, Paraná, quando a jovem ia para a academia. Isabelly sofreu queimaduras graves no rosto, peito e boca, foi sedada, intubada e passou 17 dias na UTI, mas não teve sequelas visíveis.

Débora foi presa pela Polícia Militar do Paraná (PM-PR) dois dias após o ataque. Segundo o MP. mensagens de celular mostram que Neves planejou o crime, discutindo disfarces e pressionando Débora a executá-lo.

Ela chegou a estudar a rotina de Isabelly para surpreendê-la. “Eles conversam sobre o disfarce, sobre a peruca, sobre a roupa, como ela iria se esconder depois que praticasse o crime. Ele exerce uma pressão nela para cometer o crime. Em alguns momentos, ela diz que não vai fazer, chega a recuar na prática do crime, mas ele determina que ela faça“, disse a delegada Caroline Fernandes, responsável pelo caso, ao g1.

Em nota, os advogados Jean Campos e Laís Vieira, responsáveis pela defesa de Débora, afirmaram que ela agiu “sob coação, executando o crime por medo e temor, sem ter outra alternativa“. Já a defesa de Neves nega a tentativa de homicídio, argumentando falta de provas de dolo.

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Por que o ex-namorado estava preso?

Segundo o inquérito da Polícia Civil, Marlon e seu irmão se envolveram em uma briga em um posto de combustíveis em Jacarezinho. Imagens de vigilância mostram Marlon descendo do carro com um pedaço de madeira para agredir um homem.

Após a agressão, a polícia acredita que Marlon roubou o celular da vítima e fugiu com o irmão. Ambos foram presos e condenados a 7 anos e 5 meses de prisão, podendo recorrer da sentença, mas permanecendo presos. Marlon negou o roubo, alegando que a briga começou por desrespeito a seu irmão.

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