
O ministro da Justiça, Anderson Torres, publicou neste domingo (26) uma nota na qual afirma não ter tratado de operações da Polícia Federal (PF) com o presidente Jair Bolsonaro (PF) durante viagem aos Estados Unidos no início deste mês.
Segundo interceptação telefônica feita pela Polícia Federal, em 9 de junho, o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro disse a uma filha que Bolsonaro havia lhe relatado “pressentimento” de que ele, Ribeiro, poderia ser usado para atingir o presidente. Milton Ribeiro foi preso pela PF no último dia 22 e solto um dia depois.
“Diante de tanta especulação sobre minha viagem com o Presidente Bolsonaro para os EUA, asseguro categoricamente que, em momento algum, tratamos de operações da PF. Absolutamente nada disso foi pauta de qualquer conversa nossa, na referida viagem”, publicou o ministro da Justiça neste domingo.
Diante de tanta especulação sobre minha viagem com o Presidente Bolsonaro para os EUA, asseguro CATEGORICAMENTE que, em momento algum, tratamos de operações da PF. Absolutamente nada disso foi pauta de qualquer conversa nossa, na referida viagem. #VamosEmFrente
— Anderson Torres (@andersongtorres) June 26, 2022
Com base nessa e em outras gravações, o Ministério Público pediu autorização da Justiça para apurar se houve interferência de Bolsonaro nas investigações sobre Milton Ribeiro. O caso foi enviado para análise do Supremo Tribunal Federal (STF), e a relatora é a ministra Cármen Lúcia.
O advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, disse ter sido autorizado pelo presidente a dizer à imprensa que ele “não interferiu na PF” e que não tem “nada a ver com essas gravações”.