A recém-iniciada Copa do Mundo Feminina de 2023 é a maior de todas as edições e também a primeira a contar com seleções de 32 países. No Brasil, atletas como Marta, Formiga e Cristiane foram importantes para popularizar a modalidade, e os investimentos feitos pelos clubes e a consolidação de torneios nacionais e sul-americanos – com transmissão na TV aberta – contribuíram para o aumento do interesse do público brasileiro no futebol feminino. Nessa perspectiva, uma pesquisa da plataforma de mídia Teads foi conduzida para entender melhor a relação dos consumidores brasileiros com o mundial feminino deste ano.
Segundo o levantamento, intitulado “Women’s World Cup Poll”, 47% da população tem interesse em assistir à Copa do Mundo de Futebol Feminino. Destes, 42% querem assistir ao maior número possível de partidas, enquanto 39% desejam acompanhar apenas os jogos da Seleção Brasileira. Do total de entrevistados, 19% não sabiam que a competição começaria em julho, mas ainda assim desejam assistir aos jogos. Quando questionados sobre como planejam assistir à competição, 72% dos respondentes afirmaram que vão acompanhar, principalmente, os jogos ao vivo.
A pesquisa foi realizada no período entre 18 de abril e 21 de maio de 2023, no formato online, com 1.623 entrevistados (pessoas interessadas ou não na Copa do Mundo Feminina, classificadas em quatro gerações principais (Gez Z, Gen Y, Gen X e Boomers), em 5 países: Panamá (384), Brasil (322), Costa Rica (308), Argentina (305) e Colômbia (304).
O aumento no interesse em futebol feminino tem sido notado também quando o tema é o investimento de marcas. A Copa do Mundo Feminina está sendo transmitida, por exemplo, no CazéTV (canal do streamer Casimiro Miguel) e nos canais abertos e por assinatura do Grupo Globo.
Enquanto as transmissões de Casimiro terão o patrocínio de 11 marcas, entre elas Coca-Cola, Esportes da Sorte, Eurofarma, iFood, Latam, Mastercard, Mercado Livre e McDonald’s, a Globo comercializou 10 cotas para marcas, como Banco BMG, Bet Nacional, Claro, Guaraná Antarctica, Magalu, OMO, PagBet e Visa. Já a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) conta com uma lista de mais de 20 patrocinadores, entre eles: Nike, Guaraná Antarctica, Vivo e Itaú.
Ainda segundo o levantamento, 1 a cada 4 brasileiros têm uma percepção positiva em relação às marcas que patrocinam o torneio. Além disso, a discussão sobre diversidade e equidade de gênero também se reflete no levantamento: só 26% dos entrevistados consideram que a Copa do Mundo de Futebol Feminino é tão relevante quanto a de futebol masculino e apenas 7% entendem que a categoria feminina recebe o mesmo apoio que a masculina. A pesquisa também identificou que 32% dos respondentes consideram importante que as marcas apoiem a pauta de igualdade de gênero.
“A pesquisa comprova o interesse crescente do público brasileiro na modalidade. Há uma clara oportunidade para que, para além do esporte em si, as Marcas apoiem temas fundamentais ao seu redor: diversidade e equidade de gênero”, avalia Cau Stéfani, líder de Research & Insights da plataforma Teads no Brasil. Ela afirma que olhar para a linha do tempo do futebol feminino é também refletir sobre importantes direitos conquistados pelas mulheres brasileiras nas últimas décadas.