
O acumulado de alertas de desmatamento em 2022 na Amazônia foi de 8.590 km², de acordo com dados do Instituto de Pesquisas Especiais (Inpe). Esse é o terceiro ano consecutivo, durante a gestão de Jair Bolsonaro, que os alertas de área sob devastação ficam acima da marca de 8 mil.
No mês de julho, a área sob alerta de desmatamento na região foi de 1.486 km² de floresta, a maior para a temporada. Fatores que intensificam o desmate são o ciclo de chuvas e secas do bioma, além de como as queimadas e o desmatamento flutuaram dentro dos mesmos parâmetros climáticos.
Entre agosto de 2021 e 31 de julho deste ano, houve alerta de desmatamento de 8.590 km² de área da floresta, uma zona que equivale um pouco mais que o tamanho da cidade de Campo Grande (MS), de acordo com o levantamento.
“O que a gente vê agora com o fechamento do calendário de 2022 é uma forte associação ao desmonte de uma estrutura de governança e proteção territorial na Amazônia”, diz Mariana Napolitano, gerente de Ciências do WWF-Brasil.
“A causa para o aumento contínuo do desmatamento é o ambiente sem lei que virou o Brasil, especialmente nas áreas de conflito como Amazônia e Cerrado”, afirma Angela Kuczach, diretora-executiva da Rede Nacional Pró Unidades de Conservação.
Mais um recorde quebrado pelo governo atual – o desmatamento na Amazônia detectado pelo INPE no mês de julho se manteve acima de 1000km2 durante os 4 anos da atual gestão. Antes de Bolsonaro, o recorde era de 700km2. pic.twitter.com/whOhleuxS5
— Erika Berenguer (@Erika_Berenguer) August 12, 2022