
A Prefeitura de Porto Alegre anunciou que os proprietários dos cavalos resgatados nas enchentes de abril e maio têm até a próxima terça-feira (16) para retirá-los do abrigo de equinos gerenciado pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) no bairro Lami. Se não o fizerem, os cavalos serão disponibilizados para adoção.
Atualmente, treze cavalos aguardam serem reclamados por seus donos no abrigo. Para reivindicar a posse, é necessária uma prova de propriedade, como uma foto do cavalo ou uma resenha detalhada que descreva as características físicas distintas do animal.
Para os animais que não forem reivindicados, o Ministério Público estabeleceu um processo de adoção que inclui a apresentação de um formulário de interesse preenchido no site da prefeitura da cidade. Esse processo garante que os cavalos sejam adotados sob a condição de fiel depositário, que significa serem bem cuidados sem exploração ou abuso.
Para que a adoção seja aprovada, é essencial que o interessado possua um ambiente adequado para acomodar o equino, garantindo que suas necessidades de espaço e cuidados sejam atendidas. Além disso, a EPTC ressalta que os cavalos adotados através deste programa não podem ser utilizados para trabalho, como puxar carroças ou arados, nem participar em competições esportivas.
O que acontece com os cavalos no abrigo?
Enquanto esperam por adoção, os cavalos recebem cuidados rigorosos no abrigo, incluindo alimentação balanceada, tratamento médico necessário e a inserção de um microchip. Este dispositivo é crucial, pois armazena informações sobre o histórico de saúde do animal e assegura sua identificação fácil no futuro, já que seus dados ficam num banco de dados.
O cavalo Caramelo, por exemplo, é um dos animais que está em um abrigo e já foi microchipado. Ele foi resgatado de um telhado de uma casa que estava ilhada, no dia 9 de maio. Desde então, ele está sendo abrigado no Hospital Veterinário da Ulbra (Universidade Luterana do Brasil), na cidade de Canoas.
O cavalo Caramelo foi salvo com vida por bombeiros gaúchos e de São Paulo. Ele está sendo tratado e foi encaminhado ao Hospital Veterinário da Ulbra. Todas as vidas importam, seguimos firmes! pic.twitter.com/iBj1cU4CZq
— Eduardo Leite (@EduardoLeite_) May 9, 2024
No auge da crise em maio, o Rio Grande do Sul abrigava cerca de 20 mil animais impactados pela inundação. Como parte da resposta às enchentes, foi desenvolvido um Plano Estadual de Ações e Resposta à Fauna, que implementou estratégias como castração, microchipagem e cadastro detalhado dos animais.
*texto sob supervisão de Tomaz Belluomini