A rede de fast-food Burger King anunciou nesta quinta-feira (10) que vai suspender todo o suporte que dá às operações da marca na Rússia. De acordo com o comunicado da empresa, os negócios no território russo funcionam por meio de franqueados e um “master franqueado local” é responsável por controlar os 800 restaurantes da rede.
Na prática, isso quer dizer que o Burger King não pode simplesmente fechar as lojas, como fez o McDonald’s. Já que não pode fazer o mesmo, a empresa se comprometeu a redirecionar os lucros das operações franqueadas para ajudar os refugiados ucranianos.
O Burger King informou ainda que fez uma doação de US$ 1 milhão para o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados.
Outros franqueados da rede, em mais de 25 países europeus, fizeram parcerias com organizações humanitárias para distribuir US$ 2 milhões em vale-refeição de lanches gratuitos para refugiados ucranianos.
Entenda a invasão da Rússia à Ucrânia
O presidente Vladimir Putin ordenou uma invasão na Ucrânia no dia 24 de fevereiro. Desde então, o exército russo faz ofensivas por terra, ar e mar contra pontos estratégicos ucranianos, incluindo a capital Kiev e Kharkiv, segunda maior cidade do país.
Militares russos também conquistam terreno no sul da Ucrânia e cercam cidades estratégicas.
Um dos fatores que desencadeou o conflito foi a possibilidade da Ucrânia entrar na OTAN, aliança militar do Ocidente. Uma das demandas da Rússia nas negociações sobre a guerra é que a Ucrânia se comprometa a nunca entrar na OTAN e na União Europeia. Moscou também exige que Kiev reconheça a independência das regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, no leste ucraniano.
Putin argumenta que está realizando uma “operação especial” para proteger os russos que vivem em território ucraniano. Ao mesmo tempo, Putin também diz que a Ucrânia está sob controle estrangeiro e que não merece ser um país independente.