Ksenia Karelina, uma bailarina russo-americana de 33 anos, foi condenada nesta quinta-feira (15), a 12 anos de prisão por um tribunal russo. Karelina, que reside em Los Angeles, foi considerada culpada de traição por doar dinheiro para uma instituição de caridade que apoia a Ucrânia. A decisão foi proferida na cidade de Yekaterinburg durante um julgamento fechado.
O caso de Karelina gerou grande comoção, principalmente por ter sido julgado pelo mesmo tribunal que condenou o repórter do Wall Street Journal, Evan Gershkovich, por espionagem em julho de 2023. A bailarina declarou-se culpada.
Doação para a Ucrânia
No dia 24 de fevereiro de 2022, data de início da invasão russa na Ucrânia, Karelina transferiu US$51,80 (R$283,32) para a Razom for Ukraine, uma instituição de caridade com sede em Nova York. Segundo os investigadores russos, esse dinheiro foi utilizado para comprar artigos médicos táticos, equipamentos e munições para as Forças Armadas da Ucrânia.
A Razom for Ukraine, no entanto, negou qualquer acusação de fornecer apoio militar a Kiev. A entidade afirma que seus recursos são destinados exclusivamente à ajuda humanitária para crianças e idosos na Ucrânia. Mesmo assim, as alegações contra Karelina foram suficientes para sua condenação por traição.
Ver essa foto no Instagram
Quem é Ksenia Karelina?
Ksenia Karelina nasceu na Rússia e emigrou para os Estados Unidos em 2012, recebendo a cidadania americana em 2021. A bailarina foi presa pelo serviço de segurança FSB ao voltar para a Rússia no início do ano para visitar os avós em Yekaterinburg.
Durante a audiência desta quinta-feira, Karelina apareceu usando uma camisola branca e jeans azul, sentada calmamente em uma gaiola de vidro na sala do tribunal.
Por que Ksenia Karelina não foi incluída na troca de prisioneiros?
A bailarina não foi incluída em uma grande troca de prisioneiros entre a Rússia e o Ocidente na semana passada, que libertou o jornalista Evan Gershkovich. Isso levantou esperanças de que ela possa ser incluída em uma futura troca, de acordo com seu advogado, Mikhail Mushailov.
Siga a gente no Google Notícias