O presidente russo Vladimir Putin realizou a primeira proposta de cessar-fogo para a guerra contra a Ucrânia nesta sexta-feira (14). O líder afirmou que a Rússia estaria disposta a retirar as forças russas de unidades ucranianas caso o país se comprometesse a não entrar para a Otan.
Além disso, Putin exige o reconhecimento de quatro regiões ucranianas atualmente ocupadas por Moscou: Donetsk, Kherson, Luhansk e Zaporizhzhia. Outra cláusula do acordo estabelece que as sanções ocidentais contra a Rússia sejam interrompidas.
De acordo com o jornal Financial Times, o governo de Kiev recusou os termos estabelecidos. Representantes oficiais disseram que a proposta mostra a indisposição da Rússia em negociar um cessar-fogo que contente os dois países.
A proposta acontece na véspera da cúpula da paz, na Suíça. Mais de 90 países irão se reunir para discutir a Guerra da Ucrânia e as exigências de Kiev durante os dias 15 e 16 de junho. A Rússia não foi convidada para o evento.
Ucrânia na Otan
Nesta quinta-feira (13), Zelensky assinou um acordo com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que antecede a entrada do país para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). O documento, que tem validade de dez anos, também corrobora os esforços dos EUA em prol da segurança da Ucrânia.
O presidente da Ucrânia queria firmar sua entrada na Otan há alguns anos. A guerra, porém, o fez perder apoio dos países que já fazem parte do grupo. A nova aliança militar prevê que o conjunto irá responder a ataques contra qualquer membro.
Adicionalmente, durante o G7, encontro de diversos líderes mundiais, a ministra italiana Giorgia Meloni informou os países presentes concordaram em conceder um empréstimo de US$50 bilhões (R$270 bilhões) para a Ucrânia.