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Com desistência de Biden, dólar perde força e abre semana em queda

Além disso, o mercado aguarda a divulgação do relatório de receitas e despesas do Governo Federal para obter mais clareza sobre as contas públicas

O dólar comercial fechou em queda nesta segunda-feira (22), com os investidores recalibrando suas posições e adaptando cenários às novas projeções para as eleições norte-americanas.
Novos dados de inflação no Brasil e nos Estados Unidos estão sob os holofotes, juntamente com a divulgação do PIB dos EUA – Créditos: Canva
O dólar comercial fechou em queda nesta segunda-feira (22), com os investidores recalibrando suas posições e adaptando cenários às novas projeções para as eleições norte-americanas. A desistência do presidente Joe Biden de concorrer à reeleição abriu caminho para a vice-presidente, Kamala Harris, liderar a chapa democrata.
Além disso, o mercado aguarda a divulgação do relatório de receitas e despesas do Governo Federal para obter mais clareza sobre as contas públicas. Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um bloqueio de R$ 11,2 bilhões no Orçamento de 2024, além de um contingenciamento de R$ 3,8 bilhões, em uma tentativa de cumprir a regra de gastos do arcabouço fiscal.

As ações de tecnologia também estão no radar após um apagão cibernético que impactou o setor na última sexta-feira. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa brasileira, fechou em alta, a 127.860 pontos.

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O que mexeu com o dólar?

A desistência de Biden e o apoio à candidatura de Kamala Harris foram os principais destaques desta segunda-feira (22). Em comunicado no X, Biden afirmou que cumprirá seu mandato até janeiro de 2025. “Foi a maior honra da minha vida servir como seu presidente. E embora tenha sido minha intenção buscar a reeleição, acredito que é do melhor interesse do meu partido e do país que eu me afaste e me concentre exclusivamente em cumprir meus deveres como presidente pelo restante do meu mandato”, escreveu Biden.

Com essa notícia, os investidores começaram a recalibrar suas posições no mercado, revisando as probabilidades de vitória de Trump após a desistência de Biden. O mercado também está atento ao quadro fiscal do país, aguardando a divulgação do relatório bimestral de receitas e despesas do Governo Federal.

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As contas do Governo devem registrar um déficit de R$ 28,8 bilhões em 2024, conforme a nova projeção divulgada nesta segunda-feira (22). Esse valor é o limite da meta de contas públicas prevista no arcabouço fiscal. Para evitar o descumprimento da regra, o Governo formalizou o bloqueio de R$ 11,2 bilhões e o contingenciamento de R$ 3,8 bilhões no Orçamento.

A ministra Simone Tebet descartou interromper programas sociais e obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) já iniciadas, principalmente nas áreas de saúde e educação. “Não tem nenhuma, nenhuma sinalização, nenhuma, de que o PAC, especialmente na área da educação e da saúde, vai ter corte”, disse Tebet ao programa “Bom Dia, Ministra” do CanalGov. Ela destacou a intenção de reestruturar alguns programas sociais, com cortes de gastos “naquilo que estiver efetivamente sobrando”, incluindo fiscalização de fraudes e irregularidades.

Na agenda da semana, novos dados de inflação no Brasil e nos Estados Unidos estão sob os holofotes, juntamente com a divulgação do PIB dos EUA na quinta-feira e balanços corporativos ao longo da semana que mexerão com o dólar.

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