NEM SOBE, NEM DESCE

Copom mantém Selic em 13,75% e avalia que momento é de ‘paciência’

A taxa de juros se mantém neste patamar desde agosto de 2022.

Copom mantém Selic em 13,75% e avalia que momento requer 'paciência'
O Copom do BC manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano; à esquerda, o presidente da instituição, Roberto Campos Neto e à direita, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (Crédito Foto: Lula Marques/ Agência Brasil)

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 13,75% ao ano,  em reunião nesta quarta-feira (03). Este patamar está vigente desde o início de agosto de 2022. A decisão se deu em meio às reiteradas críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de ministros do governo ao atual nível da taxa de juros.

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No comunicado divulgado após o encontro, o comitê avalia que o momento requer “paciência e serenidade na condução da política monetária”.

O Copom ressaltou ainda que poderá “retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”. Ou seja, poderá voltar a aumentar a Selic em outro momento, se necessário. Porém, desta vez, o próprio Copom reconhece, diferentemente do comunicado anterior, que este é um “cenário menos provável”.

“O Comitê avalia que a conjuntura demanda paciência e serenidade na condução da política monetária. O Copom enfatiza que, apesar de ser um cenário menos provável, não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”, informou o comunicado.

No comunicado, o Copom também não dá indícios sobre uma eventual redução da taxa de juros nas futuras reuniões.

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O Copom costuma se reunir a cada 45 dias para definir a taxa básica de juros da economia. Esta é a terceira reunião do grupo durante o governo Lula. A próxima está marcada para os dias 20 e 21 de junho.

Comunicado Copom sobre a manutenção da taxa Selic

O comitê avaliou que: 1- no cenário externo, o ambiente se mantém adverso por conta dos recentes episódios envolvendo bancos. O Copom acrescenta ainda que a inflação se mantém “resiliente” lá fora e que “os bancos centrais das principais economias seguem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas”;

2- no cenário interno, o Copom pondera que persiste o ambiente de desaceleração da economia e que a inflação ao consumidor segue acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta para a inflação.

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