A inflação anual russa atingiu seu maior número em 7 anos, chegando a 9,15% em fevereiro. Os preços estão sendo impulsionados pincipalmente pela fraqueza do rublo em meio às sanções ocidentais impostas após a invasão da Ucrânia.
De acordo com dados da agência de estatísticas Rosstat divulgados nesta quarta-feira (9), os preços do pão e gasolina, por exemplo, dispararam, mostrando saltos de 20,6% e 18%, respectivamente.
O aumento mais significativo de custo foi dos materiais de construção, com seus preços disparando 22,5%. Isso indica um aumento na demanda para conclusão de projetos de reforma, em meio à alta dos custos de produtos importados devido à desvalorização do rublo.
Visando controlar a inflação russa, o banco central elevou sua taxa de juros para 20% (anteriormente estava em 9,5%) em medida emergencial anunciada na semana passada. O BC russo também introduziu controles de capital e disse a suas empresas focadas em exportação que vendam moeda estrangeira, à medida que o rublo cai para mínimas recordes sucessivas.
Nesta quarta-feira (9), o Parlamento da Rússia afirmou que está pronto para apresentar propostas para regular os preços de alimentos e medicamentos com o governo ordenando separadamente a priorização das vendas de grãos a padeiros domésticos para garantir o fornecimento de pão para a população.
Em um mês, o o rublo russo perdeu metade do seu valor, a inflação disparou, as bolsas despencaram. Quem acha que as sanções não estão funcionando está tremendamente enganado. O impacto delas na economia russa é imediato.
— Gabe (@gabekings_) March 7, 2022