Filme norte-americano

Free Willy: Veja o que aconteceu com a orca do filme

Conforme repercutido pelo portal Screen Rent, a orca que virou estrela de cinema passou quase a vida toda em cativeiro

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(Créditos: Crédito: Divulgação/ Warner Bros)

Free Willy (“Liberte Willy”, em português) foi uma cativante trilogia de filmes norte-americanos lançados entre 1993 e 1997 a respeito da amizade entre um menino e uma orca.

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A primeira produção, por sua vez, é protagonizada pelo jovem Jesse (interpretado por Jason James Richer), um órfão obrigado a trabalhar no parque aquático de sua cidade como punição por ter vandalizado o local.

O que a princípio começa com uma obrigação, no entanto, logo se torna uma fonte de prazer quando o garoto se torna próximo da baleia do estabelecimento, Willy.Sob a orientação do treinador local, ele descobre como fazer a orca realizar uma série de truques.

O vilão do  primeiro filme é justamente o dono do parque aquático, que quer lucrar com a amizade entre menino e baleia.  Frente à situação, Jesse decide elaborar um plano para libertar Willy, assim devolvendo a orca à sua verdadeira casa: o oceano.

Já nas duas produções seguintes da trilogia, eles voltam a se encontrar para viver outras aventuras juntos. Um fato interessante é que todos os três longa-metragens foram estrelados pela mesma baleia — na vida real, seu nome era Keiko.

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Keiko 

Conforme repercutido pelo portal Screen Rent, a orca que virou estrela de cinema passou quase a vida toda em cativeiro, no entanto, assim como o animal que ‘interpretava’, também ganhou a liberdade.

Keiko foi capturada em 1979, quando tinha cerca de 2 anos, e passou por diferentes estabelecimentos, entre eles um aquário na Islândia, um zoológico no Canadá e um parque aquático no México.

Curiosamente, foi sua aparição em Free Willy que fez com que tivesse uma oportunidade de voltar a viver no oceano: até por conta da história da trilogia, fora iniciada uma campanha pela libertação da orca, que envolveu até mesmo a criação de fundações.

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Diante de toda a repercussão, a Warner Bros, empresa de mídia responsável pelos filmes, decidiu fazer uma parceria com o International Marine Mammal Project a fim de começar o processo de retornar Keiko ao seu ambiente natural.

Essa troca de estilo de vida, contudo, não é tão fácil quanto audiências podem pensar: após tantos anos em cativeiro, a baleia estava adaptada à rotina dentro dos tanques, e já não sabia como sobreviver por conta própria.

Desfecho misto

Para a felicidade do público, mesmo com todos os desafios, Keiko enfim ganhou a chance de nadar novamente nas águas da Islândia, de onde saiu anos atrás.

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Primeiro, a baleia foi colocada num cercado no oceano para poder se acostumar com a mudança de ambiente, e só depois, foi liberada, o que ocorreu em 2002.

Devido à sua vida em cativeiro, porém, vale mencionar que a orca não sabia como interagir com outras de sua espécie. Em vez disso, passou o restante de seus anos se aproximando de humanos que ficavam em cais e portos. Ela pedia comida e deixava que fizessem carinho, repetindo as mesmas dinâmicas que já lhe eram familiares.

Tragicamente, Keiko não teve muito tempo para aproveitar sua liberdade. Isso, pois, ela faleceu em 2003,  18 meses após sua soltura. Especialistas que avaliaram o animal na época — cuja idade era então estimada em 27 anos — chegaram à conclusão que sua causa de morte havia sido pneumonia.

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Um detalhe importante de ser destacado aqui é que, na natureza, baleias dessa espécie tendem a viver entre 50 e 80 anos. Aquelas capturadas por humanos e forçadas a viver em cativeiro, todavia, costumam ter uma expectativa de vida reduzida devido ao estresse.

Veja abaixo o trailer do primeiro filme de Free Willy:

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