Sem dúvidas, Oppenheimer se tornou um dos mais comentados filmes do ano. Ao mostrar a saga do criador da bomba atômica e o dilema que envolve a sua temida criação, o filme se tornou uma das maiores bilheterias já registradas em meses.
Abraçado pelo público e pela crítica renomada, o longa também contou com críticas negativas. Em entrevista ao The Washington Post, o diretor Spike Lee elogiou o filme, no entanto, destacou o que faltou.
Para o diretor, o longa falhou por não mostrar o que aconteceu com os japoneses após o lançamento das bombas atômicas em agosto de 1945, encerrando de vez a Segunda Guerra Mundial.
As bombas atômicas
Lee destaca fatos históricos em seu argumento. É fato que pessoas foram vaporizadas após o lançamento das bombas, e que muitas delas lidaram com os efeitos radioativos anos depois.
“[Nolan] é um cineasta incrível… E isso não é uma crítica. É um comentário”, explicou Lee. “Se [‘Oppenheimer’] tem três horas, eu gostaria de adicionar alguns minutos sobre o que aconteceu com o povo japonês. Pessoas foram vaporizadas. Muitos anos depois, as pessoas ainda eram radioativas. Não é como se ele não tivesse poder. Ele disse aos estúdios o que iria fazer. Eu teria adorado ver o final do filme mostrando o que aconteceu ao lançar aquelas duas bombas nucleares no Japão”.
Após criticar Oppenheimer, Spike Lee aproveitou para pedir a opinião de Christopher Nolan sobre alguns de seus filmes.
“E aposto que [Nolan] poderia me contar algumas coisas que ele mudaria em Faça A Coisa Certa e Malcolm X”, afirmou ele.
Relembre a história real por trás do filme Oppenheimer. No podcast ‘Desventuras’, Vítor Soares, professor de História, resgata o que é real na história do físico responsável pela criação da bomba atômica. Confira o episódio completo abaixo!