O QUE VAI ACONTECER?

A economia da Argentina no 1º dia útil após Milei ser eleito: Veja perspectivas

Analistas econômicos esperam desvalorização da moeda local – o peso – diante da proposta de dolarização do candidato eleito

A economia da Argentina no 1º dia útil após Milei ser eleito: Veja perspectivas
(Crédito Foto: Reprodução/X)

Hoje, terça-feira (21), é o primeiro dia útil após Javier Milei ser eleito presidente da Argentina naquela que foi considerada a eleição mais concorrida dos últimos anos.

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Esta segunda-feira (20) foi feriado da Soberania Nacional na Argentina, ou seja, a vida volta ao normal apenas hoje, o que significa observar como os argentinos se comportarão com relação à economia.

O preço da moeda norte-americana já é um dos mais importantes indicadores econômicos da economia do país sul-americano; o movimento nos bancos e as filas nos postos de gasolina também serão três bons termômetros sobre como se comporta segunda maior potência econômica da América do Sul com a escolha do novo presidente.

Agora, diante da promessa de Milei de dolarizar o país, o termômetro passa a ser ainda mais relevante. Nesse cenário, economistas esperam que comece, a partir de agora, um processo de desvalorização do peso argentino. Ou seja, o dólar deve ficar mais caro no país.

O entorno econômico do libertário e também a equipe do derrotado Sergio Massa concordam que é preciso desvalorizar as cotações oficiais da moeda — consideradas irreais — rumo aos preços praticados no mercado paralelo, que estariam mais próximas do valor considerado “justo” da divisa.

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O dólar oficial custa cerca de 370 pesos (cerca de R$ 5,07). A equipe de Milei entende que o valor é irreal, e seria preciso corrigir o preço em cerca de 100%. Ou seja, levar a cotação oficial para perto de 700 pesos (R$ 9,60).

Esse valor está mais próximo dos valores praticados no mercado paralelo, que negociou os dólares a 950 pesos (R$ 13,03) na sexta-feira (17) antes das eleições.

Outro aspecto a ser observado se refere às agências bancárias. Como o plano de Milei tinha na dolarização um dos grandes temas das eleições presidenciais, muitos argentinos creem que o país vai voltar a cobrar e pagar em dólares norte-americanos.

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O terceiro aspecto se relaciona aos postos de gasolina. Recentemente, o país sofreu com a falta de combustíveis — problema gerado pela escassez de dólares no país. Se houver uma desvalorização acelerada do peso e Milei cumprir a promessa de cortar subsídios — entre eles, dos combustíveis, os preços da gasolina podem subir.

 

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