O presidente interino do Sri Lanka renovou nesta segunda-feira (18) o estado de emergência do país, antes da eleição para nomear o novo chefe de Estado. Após o presidente Gotabaya Rajapaksa renunciar ao cargo e fugir do país, Ranil Wickremesinghe assumiu a liderança interinamente.
O decreto do estado de emergência permite que o presidente interino adote regulamentos que anulem as leis existentes para lidar com qualquer possível revolta popular. Além disso, permite que as tropas prendam suspeitos. Wickremesinghe o prolongou o decreto nesta segunda-feira, “no interesse da segurança pública”, disse o presidente interino.
A polícia e o exército local reforçaram a segurança antes da votação, que acontecerá nesta quarta-feira (20), para eleger um presidente para governar até o fim do mandato de Rajapaksa, que termina em novembro de 2024. Ranil Wickremesinghe possui o apoio do partido de Rajapaksa para seguir no cargo.
Em de julho, em meio a pior crise econômica e política do país, manifestantes invadiram o palácio de Rajapaksa, o forçando a fugir. A crise econômica levou o Sri Lanka a não pagar sua dívida externa de 51 bilhões de dólares. Para um possível acordo de resgate, o país está em negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Para reduzir o transporte, o governo ordenou o fechamento de escolas e escritórios não essenciais, pois o país está ficando sem combustível. Um porta-voz do FMI disse na quinta-feira (14) que o FMI espera que a questão seja resolvida antes de retomar as negociações.
Cenas impressionantes da revolta no Sri Lanka.
Os protestos, que provocaram a renúncia do presidente Gotabaya Rajapaksa, completaram 100 dias hoje.
Mesmo com a saída de Rajapaksa, os protestos continham e os manifestantes dirigem a revolta ao seu sucessor, Ranil Wickremesinghe. pic.twitter.com/Z8Ow28viRQ— Fernanda Salles (@reportersalles) July 18, 2022