A Hungria votou favoravelmente, nesta segunda-feira (26), para a entrada da Suécia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). O voto húngaro era o único que faltava. O país nórdico, assim como a Finlândia, solicitou a adesão ao bloco há dois anos, em protesto à invasão russa à Ucrânia.
“Hoje é um dia histórico”, disse o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, em sua conta no X. Ele compareceu à capital húngara na última sexta-feira (23) para discutir medidas cooperativas de defesa entre os dois países e acelerar as negociações, visto que a Hungria já adiava seu voto há 18 meses. Especialistas acreditam que a proximidade do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, ao presidente russo Vladimir Putin influenciou na demora, por questões de segurança.
No parlamento, dos 194 votantes, apenas seis negaram a entrada da Suécia na OTAN. “Estamos prontos para assumir a nossa parte de responsabilidade pela segurança da Otan”, completou Kristersson.
Today is a historic day. The parliaments of all NATO member states have now voted in favour of Swedish accession to NATO. Sweden stands ready to shoulder its responsibility for Euro-Atlantic security.
— SwedishPM (@SwedishPM) February 26, 2024
Agora, a Suécia deve enviar seu “instrumento de adesão” junto com o governo dos Estados Unidos, que é o depósito dos tratados da OTAN. O secretário-geral do bloco, Jens Stoltenberg. celebrou o novo membro: “A filiação da Suécia nos deixará mais forte”.
Por décadas, países nórdicos abdicaram de fazer parte de alianças continentais. Entretanto, com a invasão à Ucrânia, em 2022, as nações abdicaram deste princípio e, por medidas de segurança, se candidataram a uma vaga na OTAN. Com a Finlândia no bloco, a organização garantiu mais 1.300 quilômetros de fronteira com a Rússia. Da mesma forma, o avançado exército sueco, que produz aviões caças para nações ao redor do mundo, fica à disposição da aliança. Em troca, os países recebem a proteção de mais de 30 membros caso haja um ataque, previsto no artigo 5 do tratado. Confira os 32 membros, por ordem de adesão:
- Estados Unidos (1949)
- Reino Unido (1949)
- França (1949)
- Itália (1949)
- Canadá (1949)
- Noruega (1949)
- Dinamarca (1949)
- Holanda (1949)
- Portugal (1949)
- Bélgica (1949)
- Islândia (1949)
- Luxemburgo (1949)
- Turquia (1952)
- Grécia (1952)
- Alemanha (1955)
- Espanha (1982)
- Hungria (1999)
- Polônia (1999)
- República Tcheca (1999)
- Bulgária (2004)
- Estônia (2004)
- Letônia (2004)
- Lituânia (2004)
- Romênia (2004)
- Eslováquia (2004)
- Eslovênia (2004)
- Albânia (2009)
- Croácia (2009)
- Montenegro (2017)
- Macedônia do Norte (2020)
- Finlândia (2023)