TENSÃO NA FRONTEIRA

Ativistas da Coreia do Sul retomam envio de balões à Coreia do Norte; entenda

O grupo Lutadores por uma Coreia do Norte Livre (FFNK) foi responsável pela ação; foram enviados 200 mil folhetos criticando o líder Kim Jong-Un, 5 mil pen drives com vídeos sul-coreanos e 2 mil notas de um dólar

Ativistas da Coreia do Sul retomam envio de balões à Coreia do Norte
Ativistas da Coreia do Sul retomam envio de balões à Coreia do Norte – Créditos: Reprodução

Ativistas sul-coreanos enviaram balões carregados com pen drives contendo K-pop e K-dramas para a Coreia do Norte nesta quinta-feira (6). A ação é uma resposta a balões norte-coreanos carregados de lixo que haviam sido enviados na direção oposta.

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O grupo Lutadores por uma Coreia do Norte Livre (FFNK) lançou os balões, que carregavam 200 mil folhetos criticando o líder norte-coreano Kim Jong-Un, 5 mil pen drives com vídeos sul-coreanos e 2 mil notas de um dólar.

Guerra de balões

Em maio, a Coreia do Norte respondeu com balões cheios de lixo, terra e “sujeira”, que começaram a cair no Sul na semana passada, interrompendo voos e levando autoridades a aconselhar os residentes a permanecerem em casa.

Pyongyang afirmou ter enviado um total de 3.500 balões transportando 15 toneladas de lixo para o seu vizinho, de acordo com a mídia estatal KCNA, citando o vice-ministro da Defesa da Coreia do Norte, Kim Kang Il.

Cerca de 1.000 balões foram encontrados até segunda-feira (3). A “guerra de balões” tem agravado as tensões entre os dois países, levando a Coreia do Sul a retomar atividades militares perto da linha de demarcação, suspensas desde um acordo de 2018.

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Ativistas não pretendem parar

Apesar da proibição governamental, os ativistas sul-coreanos prometem continuar com os lançamentos. Park Sang-hak, líder da FFNK e desertor norte-coreano, chama os materiais enviados de “cartas de verdade e liberdade”.

Em entrevista à CNN, ele lembrou de 1992, quando na Coreia do Norte, viu um balão estourar e folhetos caírem do céu, oferecendo-lhe uma rara visão do mundo exterior. O folheto que ele recolheu continha histórias de desertores.

Essa coisa redonda de repente estourou com um grande estrondo, então folhetos caíram do céu. Eu sabia que não era para olhar aquelas coisas, então coloquei uma no bolso e fui ao banheiro conferir”, disse ele.

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Park fugiu para a Coreia do Sul em 2000 e, desde 2006, envia balões com informações sobre a família Kim, o desenvolvimento da Coreia do Sul e críticas ao regime norte-coreano.

A Coreia do Sul não é uma colônia americana ou um deserto da humanidade como aprendi na Coreia do Norte. Enviamos dinheiro, remédios, fatos, verdade e amor, mas enviar sujeira e lixo em troca? Isso é um ato desumano e bárbaro”, afirmou.

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