Maurice Hastings foi declarado inocente após passar 38 anos preso por um crime que não cometeu, nos Estados Unidos. Ele havia sido condenado por roubo, homicídio e agressão sexual em 1983. Uma amostra de DNA, coletada depois do ataque e testada no ano passado, foi o fator que provou sua inocência.
De acordo com um comunicado à imprensa, o juiz do Tribunal Superior do Condado de Los Angeles, William C. Ryan, declarou formalmente que Hastings é inocente e cancelou sua prisão e o processo de seu registro criminal.
“Significa muito. Sou grato pela decisão do juiz e pelas desculpas – tudo foi maravilhoso hoje“, disse Hastings durante entrevista coletiva. “Estou pronto para seguir em frente com minha vida. Eu sou um homem feliz agora.“
Segundo a CNN, Hastings, de 69 anos, foi libertado da prisão em outubro, depois que um exame de DNA identificou outro suspeito para o ataque de 1983. Ele cumpria prisão perpétua pelo crime, apesar do fato de testemunhas apoiarem seu álibi durante o assassinato e nenhuma evidência física o ligar à cena, de acordo com um comunicado à imprensa do Los Angeles Innocence Project.
A conclusão do teste de DNA apontou para Kenneth Packnett, que morreu em 2020 enquanto cumpria pena de prisão por sequestro e estupro.
“Sinto muito, muito mesmo, pela injustiça, a grande injustiça, que meu escritório e o sistema de justiça criminal cometeram contra você. Há muito a ser aprendido com isso“, disse a promotora distrital adjunta, Martha Carrillo. “Sentimo-nos humildes com essa lição e vamos levá-la a sério. Sei que não basta dizer ‘sinto muito’ por 38 anos de prisão, percebo isso e sinto-me humilde“.
“São muitos momentos de desesperança“, disse Hastings. “Muitos desafios. Mas você sabe, tudo vale a pena agora.“
“Agora me sinto justificado“, acrescentou.
Na época da condenação, em nenhuma evidência física ligou Maurice Hastings aos crimes pelos quais era acusado. https://t.co/RNl9BGfu76
— Metro Jornal (@MetroJornal) March 6, 2023