
Neste sábado (20), na região de Moscou, a russa Darya Platonova Dugina, filha do filósofo russo Alexander Dugin, considerado “guru” de Vladimir Putin, morreu após uma explosão no carro em que estava.
Filha de ‘guru de Putin’ morre em explosão em Moscou, diz imprensa https://t.co/FIMoumDu8K
— O Globo | Mundo (@OGlobo_Mundo) August 20, 2022
Darya nasceu em 1992 e se formou em filosofia na Lomonosov Moscow State University, onde mais tarde conseguiu um PhD. Assim como o pai, a filosofá também defendia a invasão das tropas russa na Ucrânia.
Segundo a CNN, após Putin autorizar invasão à Ucrânia e dar início à atual guerra, Darya e Alexander passaram a fazer parte da lista de figuras influentes na Rússia sancionadas pelos Estados Unidos (EUA) e por outros países ocidentais.
Em maio deste ano, de acordo com o governo dos EUA, a filosofá participou de uma entrevista no veículo estatal russo Geopolítika, plataforma controlada pelo seu pai, na qual afirmou que a Ucrânia vive em uma ditadura desde 2014, por influência de “uma agenda globalista e pró-americana” e que vários países cultivam uma cultura de “russofobia”.
“O fato de estarmos sob sanções dos EUA, Canadá, Austrália e Reino Unido também é um símbolo de que nós, Dugin, estamos no caminho da verdade na luta contra o globalismo. Portanto, eu diria que é uma honra nascer em uma família assim”, disse Darya para o Geopolítika.
Em 2014, ela também se manifestou após críticas por parte do governo ucraniano pró-União Europeia e de países do Ocidente sobre a região da Crimeia ser anexada pela Rússia:
“O apoio unânime do Ocidente à Ucrânia, o fornecimento de armas em uma escala impensável, tudo isso é uma agonia. Para mim, a pior dor é que a Europa sucumbiu à influência da propaganda globalista e, em vez de permanecer neutra, ficou do lado da guerra. De muitas maneiras, esse foi certamente o plano dos Estados Unidos, que provocaram sistemática e continuamente todo o conflito fornecendo armas à Ucrânia”.
O Departamento do Tesouro dos EUA afirmou, enquanto anunciava sanções contra Darya e seu pai que ela era editora-chefe de um site chamado United World International (UWI) e publicou uma nota que continha a frase: “a Ucrânia pereceria se fosse admitida pela Otan”.