O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, marcou presença, nesta sexta-feira (14), no G7, grupo que reúne as sete democracias mais desenvolvidas do mundo (Estados Unidos, Itália, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha e Japão).
A convite da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, Lula participou de diversas reuniões, com órgãos como a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e encontros bilaterais com autoridades, como o presidente da França, Emmanuel Macron. Durante suas falas, o presidente brasileiro criticou o desequilíbrio no desenvolvimento de ferramentas de inteligência artificial, defendeu a taxação dos super-ricos e propôs uma cúpula entre Rússia e Ucrânia.
Nesta sexta-feira (14), o presidente Lula participou, na Itália, como convidado da Cúpula do G7, que reúne as maiores economias do mundo. Lula encontrou o Papa Francisco, foi recebido pela presidente italiana Giorgia Meloni e esteve com líderes globais.
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— Governo do Brasil (@govbr) June 14, 2024
Lula quer uma tecnologia “segura, transparente e emancipadora”
Ao discursar, o presidente destacou que, atualmente, há uma concentração no desenvolvimento de tecnologias com IA. “Na área digital, vivenciamos concentração sem precedentes nas mãos de um pequeno número de pessoas e de empresas, sediadas em um número ainda menor de países. A inteligência artificial (IA) acentua esse cenário de oportunidades, riscos e assimetrias”, afirmou.
Lula também sugeriu que as novas tecnologias contribuam para a “integridade da informação” e culminem em um sistema de “governança internacional e intergovernamental da inteligência artificial”.
Taxação de super-ricos
Lula também utilizou seu espaço para reforçar uma ideia adotada por seu governo, principalmente por meio do ministro da Economia, Fernando Haddad. “Já passou da hora dos super-ricos pagarem sua justa contribuição em impostos. Essa concentração excessiva de poder e renda representa um risco à democracia”, enfatizou.
Cúpula com a presença de Rússia e Ucrânia
Por último, o presidente defendeu a realização de uma reunião, organizada por Brasil e China, que envolva representantes de Kiev e do Kremlin para desenvolver acordos de paz. “Já está claro que nenhuma das partes conseguirá atingir todos os seus objetivos pela via militar. Somente uma conferência internacional que seja reconhecida pelas partes, nos moldes da proposta de Brasil e China, viabilizará a paz”.
Vale lembrar que o presidente recusou o convite para a Cúpula da Paz, evento sediado na Suíça que discutirá a questão geopolítica no leste europeu. Segundo Lula, não é possível chegar a um acordo sendo que uma parte do conflito não está envolvida, referindo-se à exclusão da Rússia do encontro.
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