Agentes ligados aos governos da China e Irã utilizaram inteligência artificial para produzir conteúdo falso como uma possível estratégia para influenciar os eleitores nos Estados Unidos durante as últimas semanas da campanha eleitoral de 2020. Ex-funcionários e atuais dos EUA que estão a par das atividades de inteligência revelaram essa informação à CNN.
Embora os agentes chineses e iranianos não tenham tornado público o material, os detalhes revelados destacam as preocupações dos EUA, há quatro anos, sobre disseminação de informações falsas ligadas às eleições por parte outros países.
Segundo as fontes, não há clareza sobre o conteúdo dos deepfakes que agentes chineses e iranianos produziram em 2020, nem o motivo pelo qual eles não o utilizaram no período eleitoral. Naquela época, algumas autoridades americanas não ficaram impressionadas com essas revelações. Ainda, um ex-funcionário de alto escalão dos EUA alegou que isso indicava a falta de capacidade governos da China e Irã para implementar deepfakes de maneira que tivesse um impacto significativo.
“A tecnologia tem que ser boa; não acho que tenha sido tão boa”, disse ele à CNN. “Em segundo lugar, é preciso ter apetite pelo risco. China, não. Irã, provavelmente sim”.
Preocupação com as eleições atuais
No entanto, com a crescente acessibilidade na produção de deepfakes e a aproximação das eleições presidenciais nos EUA, essa preocupação das autoridades sobre o uso de conteúdo falso aumenta.