inteligência artificial

EUA detectam deepfakes da China e Irã que poderiam afetar eleições

Não há clareza sobre o conteúdo produzido em 2020, nem o motivo pelo qual eles não o utilizaram no período eleitoral

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Sede da Agência de Segurança Nacional – Crédito: NSA

Agentes ligados aos governos da China e Irã utilizaram inteligência artificial para produzir conteúdo falso como uma possível estratégia para influenciar os eleitores nos Estados Unidos durante as últimas semanas da campanha eleitoral de 2020. Ex-funcionários e atuais dos EUA que estão a par das atividades de inteligência revelaram essa informação à CNN.

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Embora os agentes chineses e iranianos não tenham tornado público o material, os detalhes revelados destacam as preocupações dos EUA, há quatro anos, sobre disseminação de informações falsas ligadas às eleições por parte outros países.

Segundo as fontes, não há clareza sobre o conteúdo dos deepfakes que agentes chineses e iranianos produziram em 2020, nem o motivo pelo qual eles não o utilizaram no período eleitoral. Naquela época, algumas autoridades americanas não ficaram impressionadas com essas revelações. Ainda, um ex-funcionário de alto escalão dos EUA alegou que isso indicava a falta de capacidade governos da China e Irã para implementar deepfakes de maneira que tivesse um impacto significativo.

“A tecnologia tem que ser boa; não acho que tenha sido tão boa”, disse ele à CNN. “Em segundo lugar, é preciso ter apetite pelo risco. China, não. Irã, provavelmente sim”.

Preocupação com as eleições atuais

No entanto, com a crescente acessibilidade na produção de deepfakes e a aproximação das eleições presidenciais nos EUA, essa preocupação das autoridades sobre o uso de conteúdo falso aumenta.

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No final de 2023, por exemplo, durante um exercício na Sala de Situação da Casa Branca para se prepararem para as eleições de 2024,  funcionários norte-americanos enfrentaram o desafio de como responder a um possível cenário em que agentes chineses criem um vídeo falso, por inteligência artificial, que mostre um candidato ao Senado destruindo cédulas.

Além disso, na semana passada, agentes do FBI alertaram que o uso de inteligência artificial aumenta a capacidade de estados estrangeiros espalharem desinformação durante as eleições.

“A questão é com que rapidez podemos detectar uma anomalia e depois compartilhá-la rapidamente dentro dos Estados Unidos. Estamos vencendo a corrida contra uma série de adversários que podem operar nos EUA. Esse é o desafio”, relatou um ex-funcionário.

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Nesse sentido, nesta quarta-feira (15), o Comitê de Inteligência do Senado deve discutir a questão das deepfakes e da influência estrangeira.

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 * Sob supervisão de Lilian Coelho

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