CONFIRA

EUA sobre ataque à Israel: “parece ter sido derrotado e ineficaz”

Segundo um alto funcionário da Casa Branca à Al Jazeera, o exército norte-americano “coordenou de perto” com suas contrapartes israelenses para abater os projéteis

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Jake Sullivan – Crédito: Getty Images

Nesta terça-feira, 1, os Estados Unidos anunciaram que ajudaram Israel a evitar um ataque de mísseis balísticos iranianos. Segundo um alto funcionário da Casa Branca à Al Jazeera, o exército dos EUA “coordenou de perto” com suas contrapartes israelenses para abater os projéteis.

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Jake Sullivan, Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, afirmou à Al Jazeera que “destruidores navais dos EUA juntaram-se às unidades de defesa aérea israelenses no lançamento de interceptores para abater os mísseis em curso”. Durante uma coletiva de imprensa na Casa Branca, Sullivan declarou: “Em suma, com base no que sabemos até agora, este ataque parece ter sido derrotado e ineficaz”.

Sullivan destacou a importância da colaboração entre os militares dos EUA e de Israel, mencionando que a operação foi resultado de um planejamento meticuloso em antecipação ao ataque. “Este foi, em primeiro lugar, o resultado do profissionalismo das [forças armadas israelenses]. Mas, em grande parte, devido ao trabalho hábil dos militares dos EUA e do cuidadoso planejamento conjunto”, afirmou o conselheiro.

Quanto à possível retaliação israelense, Sullivan disse que as discussões continuavam entre os principais líderes militares e políticos dos EUA e de Israel. “Queremos ter algumas consultas profundas com os israelenses”, revelou.

⚡️ EUA: O Conselheiro de Segurança Nacional Jake Sullivan afirmou que o Irã enfrentará “graves consequências” pelo ataque de mísseis balísticos hoje em Israel, e que os Estados Unidos “trabalharão com Israel para garantir que isso aconteça”.

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— Sarah שרה (@sarahblue.bsky.social) October 1, 2024 at 4:10 PM

Consequências do ataque

Sullivan acrescentou: “Estamos orgulhosos das ações que tomamos ao lado de Israel para proteger e defender Israel. Deixamos claro que haverá consequências — consequências severas — para este ataque, e trabalharemos com Israel para garantir que isso ocorra”.

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Analistas há meses alertam que a falta de pressão do governo de Joe Biden sobre o Primeiro-Ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para um cessar-fogo na Faixa de Gaza, pode empurrar o Oriente Médio para uma guerra regional. “Uma guerra regional torna-se inevitável quando os Estados Unidos continuam a financiar e apoiar Netanyahu e todos os seus crimes de guerra, seu genocídio, seus ataques a todos os seus vizinhos”, disse Raed Jarrar, diretor de advocacy da DAWN, um think tank em Washington, DC, à Al Jazeera.

Jarrar afirmou que isso não parará sem que os EUA tomem uma posição firme: “Os Estados Unidos precisam dizer: ‘Não enviaremos mais armas para Israel. Não financiamos nem apoiamos crimes israelenses’”.

Impactos e repercussões no Oriente Médio

O Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã afirmou ter lançado mísseis contra Israel na terça-feira à noite, em retaliação pelas mortes de pessoas em Gaza e no Líbano, bem como pelos recentes assassinatos de líderes do Hamas, Hezbollah e do próprio IRGC. As forças israelenses, que têm trocado disparos com o Hezbollah ao longo da fronteira Israel-Líbano por meses, recentemente intensificaram seu ataque ao país.

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Diante do aumento nos ataques e das tensões regionais, a administração Biden tem repetidamente afirmado que prefere a diplomacia e quer ver uma desescalada. No entanto, críticos notaram que o governo dos EUA continua oferecendo apoio militar e diplomático inabalável a Israel.

Washington fornece a Israel pelo menos $3,8 bilhões em ajuda militar anualmente, e Biden aprovou $14 bilhões adicionais desde o início da guerra em Gaza no ano passado. Em seus primeiros comentários sobre o ataque iraniano, Biden disse aos repórteres que sua administração estava em “discussão ativa” com Israel sobre a resposta.

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