Funcionária de TV faz protesto contra guerra no principal telejornal russo

A funcionária Marina Ovisannikova havia gravado uma mensagem em rede social dizendo que seu pai era ucraniano

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(Crédito: Reprodução/Twitter)

Os russos foram pegos de surpresa nesta segunda-feira (14) durante a exibição da edição noturna de seu principal telejornal, o Vremia (Tempo), do Canal Um. Uma funcionária da TV correu para trás da apresentadora Iekaterina Andreeva com um cartaz dizendo, em inglês, não à guerra e russos contra a guerra, e, em russo, “parem a guerra”, “não acreditem na propaganda” e “aqui todos mentem”.

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A transmissão foi cortada para uma reportagem. No ar desde 1968, com uma interrupção de 1991 a 1994, este é o mais popular programa de notícias da TV russa.

A funcionária, Marina Ovisannikova, havia gravado uma mensagem em rede social dizendo que estava “envergonhada de trabalhar no Canal Um” e que seu pai era ucraniano. Não se sabe ainda a reação da emissora.

Tradução do post do The Kyiv Independent no Twitter: ”TV estatal russa interrompida por protesto “Sem Guerra”. Durante o programa de notícias “Vremya” no principal canal de TV da Rússia, Maria Ovsyannikova, uma funcionária do Channel One, correu na frente da câmera com um pôster dizendo “pare a guerra, não acredite na propaganda”.

Entenda a invasão da Rússia na Ucrânia

O presidente Vladimir Putin ordenou uma invasão na Ucrânia, na quinta-feira (24). Desde então, o exército russo faz ofensivas por terra, ar e mar contra pontos estratégicos ucranianos, incluindo a capital Kiev e Kharkiv, segunda maior cidade do país.

Militares russos também conquistam terreno no sul da Ucrânia. Pelo menos uma cidade portuária, Kherson, já foi tomada por eles.

Um dos fatores que desencadeou o conflito foi a possibilidade da Ucrânia entrar na OTAN, aliança militar do Ocidente. Uma das demandas da Rússia nas negociações sobre a guerra é que a Ucrânia se comprometa a nunca entrar na OTAN e na União Europeia. Moscou também exige que Kiev reconheça a independência das regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, no leste ucraniano, e que a Crimeia faz parte da Rússia.

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Putin argumenta que está realizando uma “operação especial” para proteger os russos que vivem em território ucraniano. Ao mesmo tempo, Putin também diz que a Ucrânia está sob controle estrangeiro e que não merece ser um país independente.

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