O exército israelense declarou nesta sexta-feira (13) que, em uma investigação preliminar, não foi possível determinar quem atirou na jornalista palestina Shiereen Abu Akleh. Ela foi morta após ser baleada na cabeça, enquanto trabalhava durante uma operação militar israelense na Cisjordânia.
“A conclusão do relatório preliminar é que não é possível determinar a origem do tiro que atingiu e matou a jornalista”, disse o exército em comunicado. Isso levantou a possibilidade de que o tiro possa ter vindo de combatentes palestinos ou de um soldado israelense, de acordo com o portal Uol.
O texto publicado aponta que “A investigação mostra duas possibilidades sobre a origem do tiro que a matou”. A primeira aponta origem nos “disparos maciços de palestinos armados [contra soldados israelenses], dentro das centenas de balas que foram disparadas de diferentes lugares”.
“A outra opção é que durante o tiroteio um dos soldados tenha disparado várias balas de um veículo (…) contra um terrorista que tinha como alvo o seu veículo”, completa o comunicado. A jornalista de 51 anos trabalhava pela rede Al Jazeera.
Os israelenses pediram às autoridades palestinas a bala que matou a jornalista, para assim determinaram a origem do disparo. Entretanto, as autoridades palestinas recusam uma investigação em conjunto com Israel e acusam o exército israelense pela morte da repórter.
A jornalista Shireen Abu Akleh, da Aljazeera, uma das correspondentes mais conhecidas no Oriente Médio, foi morta a tiros na Cisjordânia. A emissora afirma que ela foi assassinada pelo Exército de Israel durante a cobertura. Ela estava identificada como imprensa e de capacete. pic.twitter.com/Z76pLiIOfv
— Renato Souza (@reporterenato) May 11, 2022