VIOLÊNCIA CONTRA A IMPRENSA

Jornalista é assassinado na fronteira do Brasil com o Paraguai

Radialista foi executado ao sair do trabalho. Emissora sofre atentados desde 2016.

Ameaças em português haviam chegado ao jornalista em junho (Créditos: Reprodução/Policia do Paraguai)

O jornalista Humberto Andrés Coronel Godoy, de 33 anos, foi assassinado a tiros por dois homens na fronteira do Brasil com o Paraguai nesta terça-feira (6). O crime ocorreu em frente à emissora de rádio em que ele trabalhava, na cidade de Pedro Juan Caballero, perto da fronteira com o Brasil.

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Godoy foi atacado enquanto ia em direção ao seu carro na saída da emissora de rádio Amambay 570 AM, pouco depois do meio-dia, de acordo com a policia local.

Godoy vinha recebendo ameaças de morte há semanas, inclusive já havia denunciado tê-las  recebido através de um bilhete em português, jogado no quintal da casa de outro colega.


O bilhete dizia que o jornalista ‘sabia demais’ e o mandava ‘apagar’ algumas coisas ou seria executado.

A rádio para a qual Coronel trabalhava pertencia à José Carlos Acevedo, ex-prefeito de Pedro Juan Caballero também executado a tiros esse ano.

Em 2016, duas granadas foram atiradas contra o prédio da emissora, mas não chegaram a explodir. O Sindicato dos Jornalistas do Paraguai pede para que o governo investigue as ameaças contra a rádio desde este episódio. Manifestações forma convocadas para acontecer nesta quarta-feira (7) em repúdio aos ataques.

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A cidade onde o jornalista foi assassinado fica em cima da linha da fronteira com o Paraguai, sendo separada do Brasil apenas por uma avenida da cidade sul-matogrossense Ponta Porã. A cidade binacional é um conhecido local de trânsito de drogas procedentes da Bolívia com destino a São Paulo e Rio de Janeiro.

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