Oriente Médio

Netanyahu: “Reféns soltos relataram estupros pelo Hamas”

Primeiro-ministro israelense descreveu conversas com grupo de civis solto durante trégua de sete dias na guerra

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(Crédito: Amir Levy/Getty Images)

Em entrevista coletiva, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse ter ouvido histórias de agressão sexual em uma reunião com os reféns que foram libertados pelo Hamas durante a trégua de sete dias, na semana passada.

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“Eu ouvi, e vocês também ouviram, sobre abuso sexual e incidentes de estupro brutal como ninguém”, disse a repórteres na entrevista coletiva nesta terça-feira(05).

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A treguá

A trégua nos combates entre Hamas e Israel teve início às 2h da sexta-feira (24/11), no horário de Brasília (7h, no horário local). A medida faz parte de um acordo para libertação de 50 reféns pelo grupo radical islâmico.

O primeiro grupo de pessoas solto era composto por 13 mulheres e crianças. O acordo foi o primeiro do tipo para libertação e para pausar o conflito desde o início da guerra, em 7 de outubro, sendo considerado um grande avanço diplomático.

Entenda o conflito

O conflito entre Israel e Hamas tem origem na disputa por territórios que já foram ocupados por diversos povos, como hebreus e filisteus, dos quais descendem israelenses e palestinos. Em diferentes momentos, guerras e ocupações, eles foram expulsos, retomaram terras, ampliaram e as perderam.

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De acordo com o professor de direito e de Relações Internacionais, Danilo Porfírio Vieira, desde o século 19, a comunidade judaica, principalmente na Europa, começou a se mobilizar em torno de uma ideia de nacionalidade e do retorno ao que considera seu território “bíblico”, perdido durante o Império Romano.

Quando o Império Otomano perdeu a 1ª Guerra, aquela região do Oriente Médio foi dividida entre franceses e britânicos. A região do Líbano e da Síria ficou sob controle da França e, regiões como Kuwait, Iraque, Jordânia e Palestina, sob colonização do Reino Unido. Nesse período, ganhou força entre os judeus refugiados pelo mundo a ideia de retornar à Palestina para criar um estado judaico.

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