O Escritório de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU) informou nesta quinta-feira (10) que o número de civis mortos na guerra da Ucrânia subiu para 549. Entre as vítimas, há 41 crianças. Outras 957 pessoas ficaram feridas, sendo 52 menores de idade.
O maior número de fatalidades confirmadas está nas regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, onde 123 morreram e 485 ficaram feridas. Por lá, rebeldes com apoio russo dominam o território.
Assim como tem feito diariamente, a ONU alertou que o número real de vítimas deve ser “consideravelmente maior”, principalmente nas áreas controladas pelo governo ucraniano.
“O recebimento de informações de alguns locais onde ocorreram intensas hostilidades foi adiado e muitos dados ainda aguardam confirmação”, segundo o comunicado da agência.
Nas cidades de Volnovakha, Mariupol e Izium há relatos de centenas de vítimas que ainda não foram contabilizadas. A contagem começou no dia 24 de fevereiro, quando as tropas russas entraram no território ucraniano.
From 24 Feb—9 March, we recorded 1,506 civilian casualties in context of Russia’s armed attack against #Ukraine: 549 killed, incl 41 children; 957 injured, incl 52 children, mostly caused by shelling & airstrikes. Actual toll is much higher. Full update https://t.co/tZAAjKOTEU pic.twitter.com/pcZnGhQ2uq
— UNHumanRightsUkraine (@UNHumanRightsUA) March 10, 2022
Entenda a invasão da Rússia à Ucrânia
O presidente Vladimir Putin ordenou uma invasão na Ucrânia no dia 24 de fevereiro. Desde então, o exército russo faz ofensivas por terra, ar e mar contra pontos estratégicos ucranianos, incluindo a capital Kiev e Kharkiv, segunda maior cidade do país.
Militares russos também conquistam terreno no sul da Ucrânia e cercam importantes cidades portuárias como Kherson e Mariupol.
Um dos fatores que desencadeou o conflito foi a possibilidade da Ucrânia entrar na OTAN, aliança militar do Ocidente. Uma das demandas da Rússia nas negociações sobre a guerra é que a Ucrânia se comprometa a nunca entrar na OTAN e na União Europeia. Moscou também exige que Kiev reconheça a independência das regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, no leste ucraniano.
Putin argumenta que está realizando uma “operação especial” para proteger os russos que vivem em território ucraniano. Ao mesmo tempo, Putin também diz que a Ucrânia está sob controle estrangeiro e que não merece ser um país independente.