Portugal, país de regime semipresidencialista, realiza neste domingo (10) eleições legislativas antecipadas. Em novembro, o primeiro-ministro António Costa, do Partido Socialista, renunciou, após o Ministério Público (MP) anunciar que ele era investigado em um caso de corrupção.
Contudo, semana depois, o próprio MP reconheceu que havia errado; o acusado não era o primeiro-ministro, mas sim um homônimo. A renúncia fez Portugal antecipar as eleições, que só aconteceriam em 2026.
Mais de 10 milhões de eleitores portugueses podem voltam às urnas nas eleições legislativas — em meio à possibilidade de que a extrema direita passe a fazer parte pela primeira vez de um novo governo no país.
O país europeu funciona sob o regime semipresidencialista, formado por um presidente e por um primeiro-ministro. Neste domingo, os eleitores votarão para escolher deputados da Assembleia da República, como é chamado o Parlamento português.
Os votos, diferentemente do que ocorre no Brasil, são para um partido, não em um candidato. O partido que obtiver mais votos pode ganhar o controle do Legislativo, porém apenas se conquistar um número mínimo de assentos no Parlamento.
Nas eleições de 2022, o Partido Socialista (PS), de esquerda, obteve 117 das 230 cadeiras do Parlamento e conseguiu a maioria absoluta para governar, sem depender de alianças.
Caso isso não ocorra, o partido vencedor pode tentar se associar a outras siglas até chegar ao número mínimo de assentos no Parlamento necessários para governar. O primeiro-ministro pode vir de um desses partidos coligados.
Segundo pesquisa divulgada na sexta-feira (8), quem está à frente é a Aliança Democrática (AD), de centro-direita, com 34%. O Partido Socialista (PS), de esquerda, tem 28%. O levantamento é do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica, e foi feito para o jornal Público, para a emissora de TV RTP e para a rádio Antena 1.
O Chega, de extrema direita, tem 16% pela pesquisa da última sexta. Analistas políticos do país apontam que uma coalizão do Chega com a Aliança Democrática é possível, o que seria a estreia do partido radical em um governo de Portugal.
Desde 2011 que não tínhamos todas as agências de rating a notar A a nossa dívida. Um claro sinal de confiança em #Portugal e no futuro da nossa #economia. Assim se reforça a nossa #segurança.
— António Costa (@antoniocostapm) March 1, 2024