Liberdade de Imprensa

Presidenta da Fenaj critica estatização de agência pública argentina

Para presidente da EBC, mudança na Télam retira direitos da população argentina

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Presidenta da Fenaj critica estatização de agência pública argentina – Crédito: Somos Télam

Na Argentina, uma mudança significativa no cenário da comunicação pública gerou ampla discussão e protestos. A Télam, historicamente conhecida como uma influente agência de notícias, foi oficialmente transformada em uma Agência de Publicidade do Estado. Esse movimento foi consolidado através de um decreto assinado pelo presidente argentino Javier Milei, mudança essa que coincide com o 50º aniversário da morte de Juan Domingo Perón, figura central na fundação da agência em 1945.

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Segundo reportagem de Agência Brasil, a alteração no papel da Télam não apenas levantou questões sobre a liberdade de imprensa, mas também desencadeou uma série de protestos por parte dos trabalhadores da empresa. A passagem da Télam de uma entidade de jornalismo para uma de publicidade representa uma profunda modificação em sua essência e objetivos. Críticos da medida, tanto localmente quanto internacionalmente, descrevem a ação como um retrocesso na transparência e independência da mídia pública na Argentina.

Por que a Transformação da Agência Télam é Controversa?

Segundo o governo de Javier Milei, o motivo por trás da reconversão da Télam relaciona-se a uma “profunda reorganização das empresas públicas” iniciada em dezembro de 2023. Defendem a necessidade de otimização e eficiência, mas ao mesmo tempo, impõem uma mudança fundamental que afasta a agência do jornalismo. Segundo críticos, esta manobra político-administrativa compromete a entrega de um conteúdo jornalístico imparcial e robusto, papel tradicionalmente desempenhado pela Télam.

Qual o Impacto Desta Mudança no Jornalismo Argentino?

Personalidades como Samira de Castro, presidenta da Federação Nacional dos Jornalistas do Brasil, expressaram profunda preocupação com a medida. A transformação da Télam, que possui uma sólida infraestrutura e uma longa história de prestação de serviços jornalísticos, em uma agência voltada para propaganda estatal é vista como um ataque direto à comunicação pública. Essa mudança ocorre em um contexto onde a comunicação desempenha um papel vital na disseminação de informações fundamentais para o exercício da democracia.

Reações Internacionais e Perspectivas Futuras

Além das manifestações internas, organizações internacionais de jornalismo também se pronunciaram contra a redefinição da Télam. A preocupação é que essa alteração não apenas reduza a autonomia e qualidade da informação na Argentina, mas também estabeleça um precedente preocupante para outros países da América Latina. Essas entidades argumentam que a promoção de propaganda governamental, em detrimento do jornalismo investigativo e independente, poderia comprometer seriamente a liberdade de imprensa na região.

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