REPARAÇÃO HISTÓRICA

Presidente da Alemanha pede perdão por crimes na Segunda Guerra Mundial

Líder afirma que os atos cometidos pelos nazistas durante o conflito “enchem de profunda vergonha o povo alemão”.

Presidente da Alemanha pede perdão por crimes na Segunda Guerra Mundial
O presidente federal da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, pediu desculpas oficialmente pelo crimes cometidos pelos nazistas na 2ª Guerra Mundial (Crédito Foto: Andreas Rentz/Getty Images)

O presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, pediu perdão pelos crimes cometidos pelo país durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), nesta quarta-feira (19).

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A declaração acontece no dia que marca os 80 anos do Levante do Gueto de Varsóvia. A revolta foi um marco da resistência de centenas de judeus contra os nazistas que invadiram e aniquilaram o bairro. Cerca de 300 mil judeus da Polônia foram deportados ou assassinados em câmaras de gás pelas autoridades nazistas, entre 22 de julho e 12 de setembro de 1942.

Steinmeier afirmou que os crimes perpretados pelos alemães no antigo Gueto de Varsóvia os enche de “profunda vergonha”. Ele também é o primeiro chefe de Estado da Alemanha a participar da celebração da data, convidado pelo presidente polonês Andrzej Duda. “Estou diante de vocês hoje como presidente federal da Alemanha e me curvo diante dos bravos combatentes do Gueto de Varsóvia. Eu me curvo diante dos mortos em dor e tristeza”, disse.

“É tão necessário, mas tão difícil vir aqui como alemão e como presidente federal da Alemanha. Os crimes terríveis que os alemães cometeram aqui me enchem de profunda vergonha. Mas também me enche de gratidão e humildade poder participar desta comemoração”, afirmou Steinmeier.

Para o presidente, a data “merece espaço maior na memória” da Alemanha. Além disso, é importante que os alemães lembrem e reflitam sobre os crimes cometidos pelos nazistas.

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“Estou aqui hoje para dizer a vocês que nós, alemães, estamos cientes de nossa responsabilidade e estamos cientes do dever que os sobreviventes e os mortos nos deixaram. E nós aceitamos. Para nós, alemães, nenhuma linha pode ser traçada sob a responsabilidade imposta por nossa história. Fica conosco como uma advertência e um dever tanto para o presente como para o futuro”, declarou o presidente.

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