"governo da mudança"

Presidente da Colômbia anuncia fim de relações diplomáticas com Israel

Gustavo Petro confirmou medida em discurso do Dia do Trabalhador; corte começará a partir de quinta-feira

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Presidente da Colômbia anuncia que cortará relações diplomáticas com Israel a partir de quinta-feira (2) – Créditos: Getty Images

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anunciou nesta quarta-feira (1º) que vai as romper as relações diplomáticas com Israel por conta das ações bélicas na Faixa de Gaza. Em um discurso feito durante uma manifestação do Dia do Trabalhador na cidade de Bogotá, o político disse que o rompimento começará na quinta-feira (2).

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“Aqui, diante de vocês, o governo da mudança do presidente da República anuncia que amanhã romperemos relações diplomáticas com o estado de Israel […] por ter um governo e um presidente genocida“, afirmou.

De acordo com Petro, os países não devem ser complacentes com o conflito. A guerra começou em 7 de outubro de 2023. Pelo menos 34 mil palestinos morreram desde então, de acordo com o Ministério da Saúde do local, controlado pelo Hamas. Os dois lados discutem um cessar-fogo, mas ainda não chegaram em um acordo.

Essa foi a ação mais drástica do presidente contra Israel até agora, mas não a primeira. Em fevereiro, ele suspendeu a compra de armas vindas do país, que era um dos principais fornecedores das Forças Armadas.
Além disso, ele havia apoiado a acusação de genocídio feita pela África do Sul no final de 2023 para a Corte Internacional de Justiça (CIJ) sobre a postura de Israel.

“Creio que todas as pessoas pelas ruas concordam com a gente. Isso não pode acontecer, as épocas de genocídio de um povo diante de nossos olhos, diante de nossa passividade. Se morre Palestina, morre a humanidade, e não vamos deixá-la morrer”, afirmou Petro no discurso desta quarta-feira. Diversas pessoas na multidão de manifestantes estavam com bandeiras da Palestina.

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Similarmente a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente da Colômbia comparou as ações de Israel com o Holocausto após o exército disparar contra civis que estavam em uma fila para receber ajuda. Segundo o Hamas, mais de cem pessoas morreram na operação de 29 de fevereiro. Israel contesta o número.

“Pedindo comida, mais de cem palestinos foram assassinados por Netanyahu. Isso se chama genocídio, e também nos lembra do Holocausto, embora os poderes mundiais não gostem de reconhecer isso. O mundo deve bloquear Netanyahu”, escreveu nas suas redes sociais.

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